Ruth Floriano, de 30 anos, que foi presa suspeita de matar, esquartejar e esconder as partes do corpo da própria filha em uma geladeira, na Zona Sul de São Paulo, se tornou ré no caso. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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A mulher foi presa depois que parentes do namorado desconfiaram de uma geladeira enrolada com lençol e fitas e encontraram partes de um corpo lá dentro. Ao ser presa, Ruth negou o crime e disse que Alany Izilda Floriano Silva, de 9 anos, tinha sido morta por um homem que conheceu em um aplicativo de namoro. Depois, mudou a versão e confessou que matou a filha e que pesquisou na internet “o jeito mais fácil” de esquartejar o corpo.
Conforme reportagem do site G1, Ruth ainda relatou que, depois que aprendeu como se desfazer dos restos mortais, decidiu guardar algumas partes na geladeira. Os membros da menina, no entanto, foram descartados em um esgoto na Zona Leste de São Paulo.
O caso segue em investigação no 47º DP do Capão Redondo. Conforme a Polícia Civil, o celular da mulher foi apreendido e passará por uma perícia no Instituto de Criminalística de São Paulo, que deve apontar as páginas da internet que foram usadas como fontes pela mãe.
A defesa de Ruth Floriano não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Relembre o caso
No dia 15 de agosto, Ruth se mudou com os outros dois filhos para a casa do novo namorado, na Zona Sul da Capital. Durante a mudança, os familiares do rapaz estranharam que a geladeira dela estava enrolada com lençol e fitas. Apesar disso, ninguém imaginava que havia partes de um corpo ali dentro.
O caso só foi descoberto no último dia 26, quando a mulher saiu de casa e a sogra dela decidiu checar o que tinha na geladeira, que seguia enrolada. A mulher suspeitava de drogas e armas, mas achou os restos mortais de Alany e acionou a Polícia Militar.
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Ruth passou a ser procurada e foi presa no mesmo dia na casa do ex-marido, na Zona Leste da Capital. Ela teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia.
Mudança de versões
Inicialmente, Ruth disse que, há aproximadamente um mês, conheceu um homem em um aplicativo de namoros e ele foi até a casa dela. Lá, teriam feito consumo de drogas e dormiram. Quando acordou, ela disse que já encontrou a filha morta e esquartejada, mas não sabia detalhar o que tinha acontecido. Assim, ela decidiu guardar as partes do corpo na geladeira.
Porém, ao ser interrogada na delegacia, a mulher mudou a versão e confessou que matou Alany três dias depois que ela completou 9 anos. Segundo a mãe, a filha não aceitava o fim do relacionamento dela com o pai. Dessa forma, ela esfaqueou a menina de madrugada, enquanto ela escovava os dentes, a esquartejou e guardou as partes em uma caixa térmica. No último dia 15 de agosto, decidiu fazer o armazenamento na geladeira.
A polícia destacou que ainda quer ouvir o pai de Alany, o atual namorado da mulher e busca identificar o tal homem que ela afirmou ter conhecido em um aplicativo de namoro.
Os outros dois filhos de Ruth sob os cuidados do Conselho Tutelar.