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Médica é achada morta em quarto de hotel com sinais de violência; marido e motorista foram presos

Juliana El-Aouar, 39, era casada com ex-prefeito de cidade em MG; polícia ainda apura motivo do feminicídio

Caso segue apurado pela polícia
Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, foi achada morta em quarto de hotel no ES; marido e motorista foram presos suspeitos do crime (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil investiga a morte da médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, de 39 anos, que foi encontrada sem vida e com sinais de violência em um quarto de hotel em Colatina, no Espírito Santo. Ela era casada com Fuvio Luziano Serafim, de 44, que é ex-prefeito da cidade mineira de Catuji. Ele e o motorista do casal foram presos suspeitos pelo assassinato.

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O corpo da vítima foi encontrado na manhã de sábado (2). Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pelo gerente do hotel informando sobre a morte de uma hóspede. Os agentes foram ao local, onde foram informados que a médica e o marido estavam hospedados em um quarto e o motorista do casal em outro. Durante a madrugada, outros hóspedes reclamaram sobre barulho.

Já pela manhã, Fuvio compareceu à recepção, bastante alterado, querendo pagar a conta para ir embora. Ele disse que a mulher estava passando muito mal e que teria, inclusive, desmaiado. Os funcionários acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, quando chegaram ao local, os socorristas constataram que Juliana já estava morta.

Assim, a PM subiu até o quarto, que estava todo revirado e com sangue nas roupas de cama. A médica também apresentava vários machucados pelo corpo. Na sequência, peritos da Polícia Civil fizeram uma análise da cena do crime e encontraram vidros de remédios quebrados. Além disso, foi achado um medicamento de uso controlado, que é usado como agente anestésico único para procedimentos cirúrgicos, caído no estacionamento do hotel, exatamente embaixo da janela do quarto onde estava o casal.

Conforme reportagem do site G1, o corpo de Juliana foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), onde foi feita uma análise das causas da morte. No atestado de óbito consta que ela sofreu hipoxemia, que é a baixa concentração de oxigênio no sangue, asfixia mecânica, broncoaspiração e traumatismo cranioencefálico.

Pai da médica, Samir El-Aouar, que é ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni (MG), estava muito abalado no sepultamento da filha, realizado na manhã de domingo (3) na cidade, que era a mesma onde a médica morava. Na ocasião, ele disse que ela foi torturada até a morte.

“O que aconteceu com ela foi tortura durante a noite toda. Houve traumatismo cranioencefálico em dois locais da cabeça, machucou o estômago, a traqueia e o esôfago dela, enfim, minha filha foi torturada até a morte. Mais um feminicídio neste país, que eu espero, que se Deus quiser, não vai ficar impune”, lamentou o pai ao G1.

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Prisão do marido e motorista

Após o corpo de Juliana ser encontrado, a PM prendeu o marido dela e o motorista, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, em flagrante. Ambos negaram o crime, mas deram versões divergentes sobre o que teria acontecido.

Segundo o boletim de ocorrência, o marido contou que Juliana teria passado por um procedimento cirúrgico em um hospital particular de Colatina na última sexta-feira (1º), e que, após isso, os dois teriam ido a uma churrascaria. Quando voltaram, ambos foram dormir às 20h. Quando acordou, já no sábado, ele achou a mulher desmaiada na cama e já desconfiou que ela estava morta. Assim, quando o Samu chegou, ele foi orientado a colocá-la no chão para a tentativa de reanimação, mas ela não reagiu mais.

Já o motorista contou à polícia que foi chamado pelo patrão durante a madrugada, quando o marido alegou que Juliana tinha caído no banheiro e estava precisando de ajuda.

Os dois homens foram presos em flagrante, sendo que Fuvio foi autuado por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Já o motorista foi indiciado pelo crime de homicídio.

As defesas deles não foram encontradas para comentar o caso até a publicação desta reportagem.

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