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Você sabia? Suzane Richthofen recebeu pensão após morte dos pais e caso inspirou mudança em lei

Após reforma, condenados por assassinato do segurado do INSS foram impedidos de receber benefícios

Suzane Richthofen, de 39 anos, condenada por matar os pais, tem seu nome novamente em evidência depois que o jornalista Ulisses Campbell, autor de sua biografia, revelou que ela está grávida. O pai seria o médico Felipe Zecchini Muniz, de 40, com quem ela, inclusive, já estaria morando. Mesmo após mais de 20 anos do assassinato de Manfred Albert e Marísia von Richthofen, ainda existem curiosidades que chamam a atenção no caso, entre elas o fato de que a condenada chegou a receber pensão após a morte dos genitores.

Em abril de 2013, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aplicou uma determinação inédita na história do órgão, ao solicitar que Suzane devolvesse R$ 44,9 mil aos cofres públicos. Os valores tinham sido recebidos por ela a título de pensão após a morte dos pais, enquanto estava presa e ainda aguardava pelo julgamento. O benefício só foi encerrado porque ela completou 21 anos.

Em 2006, a jovem foi julgada e condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. No entanto, entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela, que está em regime aberto desde o início deste ano, cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.

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Na época, o INSS pediu que os valores recebidos como pensão, entre os anos de 2002 e 2004, fossem devolvidos. Naquela época, ainda não existia uma legislação que tratasse do recebimento de benefícios por condenados pelos assassinatos dos segurados. Apesar da solicitação, Suzane ainda pôde recorrer da medida e ainda não foi divulgado se o caso teve um desfecho.

Mudança na lei

A discussão em torno do recebimento de pensão por morte avançaram no país e, no dia 30 de dezembro de 2014, entrou em vigor a alteração na lei que impediu que o dependente condenado pela morte do segurado tivesse direito a receber qualquer benefício do INSS.

Morte do casal Richthofen

Segundo a Justiça, Suzane Richthofen planejou a morte dos próprios pais e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal. O crime ocorreu no dia 31 de outubro de 2022.

Logo depois do início das investigações, a jovem foi presa. O julgamento dela só ocorreu em 2006, quando foi condenada a prisão em regime fechado. Após recursos, conseguiu diminuir a pena para 34 anos e 4 meses de prisão.

A primeira vez que Suzane deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo, foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa. Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.

Ela tentava obter a progressão desde 2017 para o regime aberto, mas até então todos os pedidos tinham sido negados. No início deste ano ela finalmente conseguiu o benefício.

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No novo regime de liberdade, Suzane tem que seguir algumas regras. Durante o dia, pode sair e até trabalhar, mas à noite tem que se recolher em uma casa de albergado, determinada pela Justiça. Caso ela decida mudar de endereço novamente, terá que antes obter autorização do Poder Judiciário.

Nova vida no interior

Depois que saiu da prisão, Suzane passou a morar em Angatuba, também no interior de São Paulo. Além de cursar biomedicina em uma faculdade particular, ela também prestou o concurso público da Câmara Municipal de Avaré, visando uma vaga como telefonista.

Além disso, se tornou uma empreendedora. Ela abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Angatuba como dona de um ateliê de costura.

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Chamado “Su Entre Linhas”, a página do comércio no Instagram já acumula quase 30 mil seguidores. Ela não tem loja física, apenas comercializa as peças pela internet e tem clientes até no exterior.

Agora, segundo revelações de Ulisses Campbell, ela está grávida de uma menina e já mora com o namorado, Felipe Zecchini Muniz, em Bragança Paulista. O namorado dela, inclusive, já enfrenta problemas por conta do relacionamento. Além de perder o cargo de chefia em um hospital, a família dele não teria aceitado muito bem o namoro.

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Pai de três filhos, frutos de um relacionamento anterior, o homem tem que lidar com a resistência da ex-companheira, que não quer que “as crianças convivam com uma mulher que matou os pais na calada da noite”.

Os pais do médico também não estariam felizes com o relacionamento dos dois, ainda mais pelo fato dele ter tido problemas profissionais. Campbell revelou, ainda, que os moradores do condomínio de Muniz perceberam a presença da jovem condenada com estranheza.

“A assassina tem chocado a pacata população local ao fazer caminhadas matinais na calçada do lago Taboão, um ponto turístico do município”, ressaltou o jornalista.

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