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Caçada: brasileiro em fuga causa pânico e provoca até fechamento de atração turística nos EUA

Danilo Cavalcante, que matou a maranhense Débora Brandão, fugiu após pegar prisão perpétua

Ele não aceitava o fim do relacionamento
Danilo Sousa Cavalcante fugiu após ser condenado à prisão perpétua pela morte da maranhense Débora Evangelista Brandão, nos EUA (Reprodução/Departamento de Polícia de Chester County/Arquivo Pessoal)

A polícia dos Estados Unidos realiza uma verdadeira “caçada” ao brasileiro Danilo Sousa Cavalcante, de 34 anos, que fugiu após ser condenado à prisão perpétua pela morte da maranhense Débora Evangelista Brandão, também de 34 anos, na cidade de Phoenixville, no estado da Pensilvânia. Considerado perigoso, ele já foi visto por alguns moradores na região de Chester County e, mesmo com a oferta de uma recompensa de US$ 20 mil (cerca de R$ 100 mil), ainda não foi recapturado.

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O brasileiro foi visto circulando pelas proximidades do jardim botânico Longwood Gardens, na tarde de quinta-feira (7), segundo revelou o tenente-coronel da Polícia Estadual da Pensilvânia, George Bivens. Por isso, a atração turística foi fechada por tempo indeterminado.

Durante as buscas pelo fugitivo, a polícia passou a usar uma nova estratégia e as viaturas e helicópteros tocam um áudio, no qual a mãe do brasileiro pede, em português, que o filho se entregue.

“Desesperado como ele deve estar, talvez ele mude de ideia ao ouvir sua mãe lhe dizendo para se render, que sua família se preocupa com ele. Talvez seja isso que o coloque no limite, onde podemos conseguir uma rendição pacífica”, afirmou Robert Clark, agente do Serviço de Delegados dos Estados Unidos (US Marshalls).

As autoridades publicaram um vídeo que mostra uma parte da fuga de Cavalcante da prisão de Chester County. Nas imagens é possível ver um detento sem camisa, em primeiro plano. Do lado esquerdo, em um corredor, aparece o brasileiro, que caminha até o fundo e inicia sua técnica para escalar a parede (assista abaixo).

Imigrante ilegal

Conforme reportagem do jornal “Philadelphia Inquirer”, Cavalcante entrou ilegalmente nos Estados Unidos, usando um documento de identidade falso.

Segundo as autoridades, ele fugiu do Brasil após ter a prisão expedida pela morte de um homem, cometido no Tocantins, em 2018. Assim, seguiu até Porto Rico, onde obteve o documento falso e conseguiu entrar em território norte-americano.

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Depois disso, passou a viver em Chester County, onde conheceu Débora Evangelista e os dois se relacionaram.

Condenação

Segundo a acusação, o homem não aceitava o fim do relacionamento e atacou Débora a facadas. Os dois filhos da mulher presenciaram o crime.

O caso aconteceu no dia 18 de abril de 2021. Débora morava há cerca de cinco anos nos Estados Unidos e seus familiares contaram que a vítima tentou terminar o relacionamento com Cavalcante por várias vezes, mas ele se recusava e continuava insistindo.

Ainda conforme o processo, desde 2020 o homem fazia constantes ameaças, até que executou Débora. Ele foi preso no estado da Virgínia, mais ou menos 1h30 após o assassinato.

A promotora do caso, Deborah Ryan, disse durante o julgamento que o réu matou a vítima porque ela teria ameaçado de contar às autoridades de que ele já tinha sido acusado de assassinato no Brasil. “Ele teria sido exposto, e quis silenciá-la. É uma tragédia triste e sem sentido”, afirmou.

Já o juiz Patrick Carmody disse que Danilo é egoísta e um “homem pequeno” por não admitir culpa e o sentenciou à prisão perpétua.

Na ocasião, a defesa do brasileiro não foi encontrada para comentar o assunto.

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