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PRF afasta três agentes após menina ser baleada; pai diz que carro foi alvejado antes de abordagem

Criança foi atingida por tiro na cabeça e coluna, no RJ; ela passou por cirurgia e segue em estado grave

Pai diz que foi a PRF quem atirou
Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi baleada enquanto estava no carro com a família e segue em estado grave (Reprodução/TV Globo)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, nesta sexta-feira (8), que afastou três agentes após a menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, ser baleada enquanto estava no carro da família, no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. O pai dela, William Silva, diz que o veículo foi alvejado a tiros antes que os agentes fizessem uma abordagem. A criança foi socorrida e segue internada em estado grave.

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Em nota, a PRF lamentou o caso e disse que colabora com as investigações. A corporação destacou que os agentes seguirão afastados.

“As circunstâncias estão em apuração pela Corregedoria da PRF. A instituição colabora com as investigações da polícia judiciária para esclarecimento dos fatos. Os policiais envolvidos foram preventivamente afastados das funções operacionais, inclusive para atendimento e avaliação psicológica”, destacou o texto.

Mais cedo, o ministro da Justiça Flávio Dino cobrou “esclarecimentos e providências” da PRF do Rio de Janeiro, em postagem nas redes sociais. Ele também pediu que seja feira uma “revisão da doutrina policial e manuais de procedimento na PRF”.

Relembre o caso

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (7). Além de Heloísa e os pais, estavam no carro a irmã dela, de 8 anos, e uma tia. A família, que mora em Petrópolis, passou o feriado do Dia da Independência em Itaguaí e, enquanto voltava para casa, passou pelo posto da PRF.

Silva ressaltou que estava na velocidade permitida e não foi abordado. Mas, logo depois, percebeu quando um veículo da corporação passou a segui-lo. Assim, o motorista disse que deu seta e, antes de conseguir parar, os agentes efetuaram disparos.

“A Polícia Rodoviária Federal estava parada ali no momento que a gente passou. A gente passou e eles vieram atrás. Aí eu falei: ‘Bom, tudo bem, mas eles não sinalizaram para parar’. E aí, como eles estavam muito perto, eu dei seta e, neste momento, quando meu carro já estava quase parado, eles começaram a efetuar os disparos”, disse o pai em entrevista à TV Globo, reproduzida pelo site G1.

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“Eu coloquei a mão para o alto, saiu todo mundo, só a minha menorzinha que ficou dentro do carro”, lamentou o pai.

Silva disse, ainda, que os policiais ficaram “desesperados” e alegaram que os tiros vieram de outro local. Porém, o homem contesta essa versão. “Disseram que disparos vieram de outros locais, sendo que só tinha o meu carro e o carro deles no Arco Metropolitano, escuro, de noite”, afirmou.

Cirurgia de risco

Heloísa foi atingida pelo tiro na cabeça e coluna. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Lá, passou por uma cirurgia de risco e segue internada em estado grave, no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

“A Prefeitura de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa que H. dos S. S., 3 anos, deu entrada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) na noite da quinta-feira (07/09), vítima de PAF de Crânio (cerebelo), cervical e escápula. Deu entrada na unidade trazida por viatura da PRF. A direção do HMAPN informa que a criança chegou com rebaixamento de nível de consciência, sangramento ativo no couro cabeludo, sendo sedada e entubada. A paciente foi avaliada pela CIPE, neurocirurgia e pediatria, com realização de exames de imagem e laboratório. Foi encaminhada para o centro cirúrgico e solicitado CTI. Seu estado é grave”, destacou a nota do hospital.

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