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VÍDEO: Goianas que foram presas na Alemanha após troca de malas recuperam bagagens: “Vitória”

Kátyna Baía e Jeanne Paollini passaram 38 dias detidas acusadas de tráfico internacional de drogas

Quadrilha foi presa em Guarulhos
Jeanne Paolini e a namorada, Kátyna Baía, passaram 38 dias presas na Alemanha após terem malas trocadas por outras com drogas (Reprodução/Arquivo pessoal)

A veterinária goiana Jeanne Paolini e a namorada dela, a empresária Kátyna Baía, que passaram 38 dias presas na Alemanha após terem suas malas trocadas por outras com drogas, finalmente conseguiram recuperar suas bagagens. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra quando a advogada delas, Chayane Kuss de Sousa, recebeu os pertences entregues por um promotor alemão (assista abaixo).

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Uma vitória para nós hoje, no dia da Independência do nosso Brasil!!! Depois de muita luta a @chaykuss conseguiu retirar as nossas malas e celulares, que até hoje estavam em posse do Ministério Público Alemão para investigação. É impossível não reviver tudo que aconteceu em cada desdobramento da investigação, mas hoje marca mais um passo para o fim da nossa dependência emocional desse trauma!”, destacou Kátyna na publicação.

“A entrega das malas e celulares sinalizam que já estão perto de encerrar as investigações e a acusação injusta de tráfico Internacional de drogas”, ressaltou a empresária.

Relembre o caso

Jeanne e Kátyna embarcaram no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e fizeram uma conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde suas bagagens acabaram com as etiquetas trocadas.

As duas pretendiam passar 20 dias viajando pela Europa, mas ao desembarcarem na Alemanha, no dia 5 de março deste ano, foram presas e acusadas por tráfico internacional de drogas. Nas bagagens atribuídas ao casal, foram apreendidos 40 kg de cocaína. Apesar de dizerem que aquelas não eram suas malas, as duas foram levadas para um presídio feminino.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Federal, que identificou a ação da quadrilha no aeroporto paulista. Imagens mostraram que as malas despachadas inicialmente por Jeanne e Kátyna eram diferentes das que foram apreendidas na Alemanha.

Conforme a PF, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, as brasileiras nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

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Após 38 dias presas, elas finalmente foram soltas e retornaram ao Brasil no dia 14 de abril. Elas foram inocentadas e não precisam aguardar por mais nenhum trâmite processual para deixar o presídio. No entanto, segundo reportagem do site G1, o processo sobre o caso segue em andamento.

A advogada Luna Provázio explicou que, apesar de os pertences terem sido entregues, o caso só será encerrado “mediante o envio das decisões judiciais pelas autoridades brasileiras”.

Mantidas em péssimas condições

Durante o período em que ficaram presas, Jeanne e Kátyna conseguiram falar com seus familiares por alguns minutos. Em um desses contatos, a empresária falou sobre o local em que era mantida.

“É uma cela em que as paredes têm escritas de fezes, tá? É uma cela fria, não tem janela”, contou Kátyna.

Já Jeanne falou sobre o desafio de estar impedida de voltar para casa. “Nós nunca convivemos nesse ambiente. No final de semana e feriado nós passamos cerca de dezesseis horas trancadas sem convívio social e o que me salvou aqui foi a fé. Dói muito ficar aqui todo dia. Eu acordo e penso: meu Deus, esse pesadelo ainda não acabou”, desabafou a veterinária.

“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou Jeanne.

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