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“Punhetaço, não!” Alunos de medicina dizem que mostraram o pênis porque rivais exibiam a bunda para provocá-los

Polícia Civil de São Paulo abriu investigação para identificar os envolvidos

Alunos da faculdade adversária mostram as nádegas para provocar os concorrentes
Alunos da faculdade adversária mostram as nádegas para provocar os concorrentes (Reprodução/Twitter)

A exibição de um vídeo no qual alunos de medicina da Universidade Santo Amaro mostram o pênis durante uma partida de vôlei feminino dos jogos da Intermed, em São Carlos, culminou com a expulsão de seis estudantes.

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Apelidado de “punhetaço”, a prática foi repudiada por entidades escolares, políticos e órgãos do governo federal, como o Ministério da Educação, que notificou a universidade e deu prazo de 15 dias para que ela explique as imagens do vídeo. A Polícia Civil de São Paulo também instaurou investigação para identificar todos os envolvidos.

Mas, segundo alunos da Unisa que estavam no ginásio no dia do evento, não houve um ato de “masturbação coletiva”. Segundo eles, alguns alunos abaixaram as calças e mostraram o pênis porque a torcida adversária, formada por estudantes de medicina da Faculdade São Camilo, havia abaixado a calça e estava exibindo as nádegas para provocá-los.

“São Camilo estava mostrando a bunda para a gente o jogo inteiro, moleques e meninas. Então os caras falaram para os calouros: ‘Estão mostrando a bunda? Vamos mostrar o pau’. Foi uma resposta natural. Ninguém bateu punheta, ninguém fez nada”, disse uma das estudantes.

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Uma outra aluna disse essa não foi a primeira vez que isso ocorreu e que a prática de mostrar o pênis é algo comum entre os estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro em jogos universitários.

“Existe essa tradição, todo mundo acha normal. Os bichos ficam pelados e correm em volta do ginásio. Às vezes acontece no próprio alojamento. Mas é algo com consentimento. Faz quem quer”, disse a estudante.

Embora os alunos considerem a prática uma “tradição escolar”, o artigo 233 do Código Penal prevê penal de até 1 ano de reclusão ou multa para a prática de “ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”.

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