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“Punhetaço” levou estudantes a denunciarem abusos contra calouros em faculdades de medicina

Reportagem do Fantástico coletou depoimentos de abuso e humilhações cometidos por veteranos

Imagens vazadas em vídeo mostram estudantes ao fundo exibindo órgão sexual
Imagens vazadas em vídeo mostram estudantes ao fundo exibindo órgão sexual (Reprodução/TV Globo)

O vazamento do vídeo do “punhetaço”, onde alunos calouros de uma faculdade de medicina aparecem mostrando o pênis durante um jogo de vôlei feminino em jogos estudantis, em São Carlos, culminou com a expulsão de 15 estudantes da Universidade Santo Amaro (Unisa).

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O fato gerou ganhou tamanha proporção que levou estudantes de medicina de outras universidades a denunciarem o constrangimento e a humilhação que passam os calouros diversas universidades, conforme reportagem exibida pelo Fantástico neste domingo.

Entre os expulsos da Unisa, três estudantes, através de seus advogados, disseram que os calouros foram coagidos a baixarem as calças durante o fatídico jogo de vôlei contra a Universidade São Camilo.

Outros estudantes afirmam que a prática de trotes violentos é recorrente nas faculdades de medicina, como a corrida de calouros nus, cuspe, xingamentos e arremesso de fezes e urina. Os calouros dizem ainda que são obrigados a baixar a cabeça quando cruzam com um veterano e são humilhados diariamente por eles.

" Se ele mandar você pular na piscina, você tem que pular na piscina”, disse uma estudante.

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PUNHETAÇO, NÃO!

Os alunos flagrados no que foi chamado de “punhetaço”, ou seja, alunos nus mostrando os órgãos sexuais para a outra torcida, disseram que apenas reagiram às provocações da torcida adversária, que também abaixou as calças e mostrava a bunda para os alunos da Unisa. Nas imagens compartilhadas pelas redes é possível ver tanto homens quanto mulheres mostrando as nádegas durante os jogos.

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A Faculdade São Camilo disse que abriu inquérito para apurar a participação de seus alunos no incidente, mas até o começo dessa semana ninguém havia sido punido.

O delegado que investiga o caso diz que os alunos podem responder por ato obsceno e importunação sexual, este último com penas maiores.

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