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“Punhetaço”: Ordem judicial obriga Unisa a reintegrar todos os alunos expulsos

Universidade expulsou 15 alunos acusados de ficarem nus durante uma partida de vôlei dos jogos universitários

Por decisão da 6ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, a Universidade Santo Amaro (Unisa) terá que reintegrar os 15 alunos expulsos após a divulgação de um vídeo no qual estudantes de medicina ficam nus e tocam em seus pênis durante os jogos universitários realizados em São Carlos, em abril.

A decisão da Justiça tem como base o pedido de dois estudantes, mas a liminar vale para todos os quinze expulsos, que já poderão voltar à faculdade nesta quarta-feira.

Na solicitação à Justiça, a advogada que pediu o cancelamento das expulsões relata que a universidade agiu incorretamente ao puni-los sem apurar os fatos e sem dar a eles o direito de defesa, e alegou ainda que os calouros foram vítimas dos veteranos que os os obrigaram a ficarem nus durante a partida.

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Os próprios alunos afirmaram que os atos cometidos pelos estudantes de medicina durante a partida de vôlei feminino fazem parte do trote dos veteranos contra os alunos novatos. Quem não se submete às humilhações e ao bullying praticado pelos alunos mais velhos são excluídos das atividades acadêmicas e sofrem consequências até na vida profissional.

A Unisa disse que já havia instaurado uma comissão de sindicância para apurar o fato. “No bojo dessa comissão é que nós vamos, enfim, eventualmente manter as penas ou revê-las, com a supervisão, evidentemente, da Justiça Federal. Os alunos vão ter o direito de apresentar suas defesas”, disse o advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho.

Carvalho disse que a decisão de manter as expulsões ou aplicar penas pedagógicas servirá para mandar um recado para a comunidade academia. “Nós não aceitamos comportamentos anticivilizatórios, indignos, sobretudo, com uma profissão tão importante como essa, que é a profissão médica. A nossa preocupação é a de garantir uma formação técnica de excelência e, evidentemente, uma formação humanista e isso nós temos feito. Nós temos campanhas, reiteradas campanhas a respeito disso”, disse.

Carvalho disse ainda que a Unisa pretende lançar uma campanha nacional de “tolerância zero contra o trote”e para isso busca apoio de outras universidades.

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