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Irmão faz revelação sobre bens deixados por Walewska; viúvo diz que ainda ‘não pensou’ no tema

Ex-jogadora de vôlei morreu ao cair do 17º andar de prédio, em SP; ela enfrentava crise no casamento

O piloto de avião Wesley Oliveira, irmão da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos após cair do 17º andar de um prédio, em São Paulo, disse que os bens deixados por ela serão herdados pelos pais. Em entrevista ao site UOL, ele falou que um advogado já foi contratado pela família para tratar do assunto. Já o viúvo da ex-atleta, o corretor de imóveis Ricardo Alexandre Mendes, afirmou que ainda “não pensou” na questão de inventário.

Wesley disse que está em Belo Horizonte, em Minas Gerais, para tratar das burocracias envolvendo a morte da irmã. “Nosso advogado vai levantar tudo que ela construiu em vida. Meus pais são os herdeiros”, disse.

O piloto de avião explicou que Wal tinha dois imóveis, sendo que ambos estavam em nome da empresa VW, que tinha a ex-jogadora e a mãe dela, Maria Aparecida Moreira, como sócias. Um deles era o apartamento em que ela residia com o marido, na capital paulista. O outro é onde os pais moram, em Belo Horizonte.

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Questionado sobre o tema, Mendes disse que não conseguiu parar para pensar em bens. “Neste momento de dor, falar sobre inventário é algo que nem passou pela minha cabeça.”

Família não crê em suicídio

Wal morreu no último dia 21, após cair do 17º andar do prédio em que morava, em São Paulo. Ela chegou a ser vista por testemunhas, que não notaram qualquer sinal de preocupação. Ela enviou uma mensagem de celular ao marido e, poucos minutos depois, houve a queda.

O caso é apurado pela Polícia Civil como suicídio, já que Walewska estava sozinha na área de lazer do edifício, onde teria ingerido bebida alcóolica e deixado uma carta de despedida à família. O teor desse texto, no entanto, não foi divulgado.

Wesley diz que a família ainda não teve acesso a essa carta. “Não tivemos acesso a esta carta de despedida. Não dá pra saber se realmente existe. Existem várias versões: ela pode ter feito a carta, alguém pode ter escrito por ela ou pode nem ter carta nenhuma. A minha irmã adorava escrever, vai saber se ela não estava escrevendo coisas sobre o podcast dela? Vamos precisar buscar isso na investigação. Não dá pra saber de fato se era uma carta de despedida”, diz o irmão.

Segundo o piloto de avião, a hipótese de suicídio não é aceita pela família. “É difícil acreditar que uma pessoa tão linda, tão centrada, tão maravilhosa, tenha feito o que estão falando o que ela fez. Acho que não tem lógica. Ela estava muito bem, amava viver. Difícil acreditar que isso aconteceu”, afirmou.

Crise no casamento

O viúvo da ex-jogadora disse que ele e Wal enfrentavam uma crise no casamento de 20 anos e que ele chegou a pedir o divórcio. Eles discutiram na noite anterior à morte dela e a mulher não estaria feliz com o fim da união.

“Ela me questionou que eu estava estranho e distante, eu respondi que não dava pra continuar onde não havia mais amor entre homem e mulher. Ela ficou introspectiva, ficou quieta e fomos dormir. A gente se amava, eu esperava ela aceitar a separação numa boa”, disse ele.

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No último dia 21, ele foi trabalhar e, quando chegou em casa, afirma que não sabia que a mulher estava na área de lazer do prédio. Naquela data, às 18h07, ele recebeu uma mensagem de celular dela que dizia: “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”. Logo em seguida, Ricardo respondeu: “Também te amo”.

Pouco tempo depois, ele foi avisado que ela tinha caído do 17º andar. “Cheguei em casa depois de um dia intenso de trabalho, não sabia que a Wal já tinha chegado. O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei.”

Saúde mental

Mendes também revelou que a mulher fazia terapia há um ano e que ela já tinha falado sobre “fazer uma besteira”.

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“Ela nunca disse que tiraria a própria vida. Ela me disse que estava passando por muitas coisas na vida dela, que até pensou em ‘fazer uma besteira’. Foi aí que percebi que ela já não estava tão forte como sempre foi”, contou Ricardo.

No boletim de ocorrência sobre a morte da ex-jogadora, consta uma tentativa de suicídio ocorrida há três anos. Na época, o marido disse que foi até Belo Horizonte, em Minas Gerais, para conversar com os sogros sobre a preocupação que tinha com a saúde mental da esposa.

“Me lembro da Wal ter ficado brava e chateada comigo, e que eu não tinha o direito de falar sobre isso com os pais dela. Eu não tive alternativa”, revelou o viúvo, que afirmou que a ex-atleta fazia terapia há um ano e que ele nunca pensou que ela pudesse, de fato, cometer suicídio.

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“Uma vez ela disse para mim: posso perder dinheiro, posso perder status, mas não posso perder você. Esse poder de posse sempre me preocupou. Por isso, de uns três anos pra cá, sempre tive compaixão e cuidado, justamente preocupado com a reação dela. Tentei levar e administrar a crise”, lamentou.

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