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Médica teme convívio das filhas com Suzane Richthofen e cita temperamento explosivo do ex: “Dinamite com gasolina”

Sílvia Constantino Franco luta na Justiça pela guarda das meninas, que estão com casal no interior de SP

Médica luta na Justiça pela guarda das crianças
Médica Sílvia Constantino, de 44 anos, teme convívio das filhas com Suzane Richthofen, que está grávida do pai delas (Reprodução/TV Globo/SBT)

A médica Sílvia Constantino, de 44 anos, falou na manhã desta quarta-feira (27), em entrevista ao “Encontro”, da TV Globo, sobre o medo que sente a respeito da convivência das três filhas com Suzane Richthofen, que namora o pai das crianças, o médico Felipe Zecchini Muniz, de 40, e está grávida dele. A mulher luta na Justiça pela guarda das meninas e falou sobre o temperamento explosivo do ex-companheiro, que pode piorar ao lado de alguém que matou os próprios pais.

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“A gente sabe que ali não foi uma boa união. E eu conheço o meu casamento. A [preocupação] própria integridade física das minhas filhas. Meu ex-marido é uma pessoa mais estourada, mais instável. Eu acho que não seja uma união muito saudável. Ali basta um gatilho”, disse a médica. ”É como se você tivesse juntado dinamite com gasolina e minhas filhas estão do lado”, lamentou ela.

Sílvia contou que manteve uma união estável com Muniz por cerca de dez anos. O rompimento deles foi conturbado e a médica disse que ficou “fragilizada”, cedendo a guarda das meninas para o pai. O objetivo foi o de que as meninas não tivessem uma mudança brusca, já que elas poderiam continuar na mesma escola e manter o mesmo círculo de amigos, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo.

A médica disse que não foi informada por Muniz sobre o novo relacionamento e soube por vizinhos. “Eu fiquei sabendo por moradores de Bragança, que me mandaram fotos pela internet. No começo eu não acreditei, achei que era montagem. Mas consegui falar com a minha filha e ela confirmou a história. Eu fiquei muito assustada e foi a última vez que eu falei com as minhas filhas”, revelou ela.

Depois de muita insistência, o médico confirmou que Suzane está morando com ele e as filhas. “Eu não conseguia falar com ele, ele não atendia o telefone, me comuniquei por mensagem e ele confirmou. Desde então minha vida tem sido um inferno”, lamentou Sílvia.

Segundo ela, as crianças, que têm 13, 12 e 7 anos, sabem do crime cometido pela nova madrasta. “Elas disseram: ‘mamãe, a gente já sabe de tudo’”.

Ao “Encontro”, a defesa de Muniz negou que Sílvia esteja impedida de ver as filhas. Já os advogados de Suzane preferiram não se manifestar.

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Briga na Justiça

Após saber do namoro, a médica entrou com uma ação na Justiça pedindo a guarda das meninas. Porém, segundo o site G1, a liminar foi negada no último dia 19 de setembro.

De acordo com a decisão, “não há elementos que assegurem que o exercício da guarda, pela mãe, se revela a medida que melhor atende aos interesses das meninas” e que “não está comprovado que as meninas sofrem risco advindo da convivência com a madrasta Suzane von Richthofen”.

A decisão também determinou a realização de um estudo psicossocial para apurar se a integridade física e psíquica das crianças está em risco e, só então, determinar quem ficará com a guarda.

“Minha expectativa é que a Justiça enxergue a situação como precisa ser enxergada. Eu gostaria muito que essa guarda ficasse mais favorável à mãe para poder afastar as minhas filhas disso tudo. Eu tenho certeza que é o melhor para minhas filhas”, ponderou Sílvia.

Colegas falam sobre postura de Suzane Richthofen na universidade
Suzane Richthofen cumpre regime aberto desde o início do ano e está grávida de médico (Reprodução/Redes Sociais)

Gravidez e vida no interior

Condenada pela morte dos próprios pais, Suzane Richthofen cumpre pena em regime aberto desde janeiro deste ano, quando passou a morar em Angatuba, também no interior paulista. Além de cursar biomedicina em uma faculdade particular e vender na internet produtos de seu ateliê de costura, ela também prestou o concurso público da Câmara Municipal de Avaré, visando uma vaga como telefonista.

Ela e o médico teriam se conhecido pela internet e eles engataram um namoro. Depois que descobriu a gravidez, ela passou a morar com ele em Bragança Paulista.

O relacionamento não teria sido bem aceito no hospital em que Muniz tinha um cargo de chefia e ele teria sido demitido. Além da ex-mulher não aprovar a proximidade da jovem com as filhas, os pais do médico também não estariam felizes.

O jornalista Ulisses Campbell, autor de uma biografia de Suzane, revelou que os moradores do condomínio de Muniz perceberam a presença da jovem condenada com estranheza. “A assassina tem chocado a pacata população local ao fazer caminhadas matinais na calçada do lago Taboão, um ponto turístico do município”, ressaltou o jornalista.

Condenação

Suzane está presa desde 2002. Ela foi inicialmente condenada a 39 anos e seis meses de prisão por participação no assassinato dos pais, o engenheiro Manfred Albert e a psiquiatra Marísia von Richthofen, atacados dentro de casa com golpes de uma barra de ferro. Segundo a Justiça, ela planejou o crime e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal.

No entanto, apesar da pena estabelecida na condenação, ela entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.

Desde que foi presa, a primeira vez que ela deixou o presídio foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa. Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.

Ela tentava obter a progressão desde 2017 para o regime aberto, mas até então todos os pedidos tinham sido negados. No início deste ano ela finalmente conseguiu o benefício.

No novo regime de liberdade, Suzane tem que seguir algumas regras. Durante o dia, pode sair e até trabalhar, mas à noite tem que se recolher em uma casa de albergado, determinada pela Justiça. Caso ela decida mudar de endereço novamente, terá que antes obter autorização do Poder Judiciário.

Depois que deixou o presídio, Suzane decidiu se tornar uma empreendedora. Ela abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Angatuba como dona de um ateliê de costura.

Chamado “Su Entre Linhas”, a página do comércio no Instagram já acumula quase 30 mil seguidores. Ela não tem loja física, apenas comercializa as peças pela internet e tem clientes até no exterior.

Ela já vende até para o Japão
Suzane Richthofen segue acumulando seguidores e vendas com ateliê de costura (Reprodução/Site oficial/Su Entre Linhas)

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