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Virna diz que Walewska tinha ‘dependência emocional’ do marido: “Era alucinada por ele”

Ex-jogadora foi quem apresentou o casal e revela que nunca desconfiou que eles enfrentavam crise no casamento

A ex-jogadora de vôlei Virna, uma das melhores amigas de Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos após cair do 17º andar de um prédio, em São Paulo, falou sobre o relacionamento dela com o corretor de imóveis Ricardo Alexandre Mendes. Foi a companheira de seleção brasileira quem apresentou o casal e disse que Wal demonstrava ter uma grande “dependência emocional” do companheiro. Apesar disso, nunca desconfiou que o casamento de 20 anos podia estar em crise.

“Existia uma dependência emocional muito grande. A gente via ela se isolando das amigas. Entrou num casulo. A gente não conseguia entender e, agora, acontecendo tudo isso, vimos que ali tinha uma dor muito grande”, afirmou Virna, em entrevista ao site UOL.

“Existia um buraco muito grande dentro da Wal. Eu acho que o casamento dela devia estar falido e ela escondeu essa dor. De repente, quando ela viu sendo abandonada, fez o que fez. O marido não a quis mais e ela preferiu tirar a vida. Ela era apaixonada, alucinada por ele. Era um amor tão louco, tão louco, que se tornava até cego”, revelou a ex-atleta.

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Virna contou que Mendes era amigo de seu ex-marido e ela o apresentou a Wal durante uma festa de aniversário. Depois disso eles começaram a namorar, casaram e estavam sempre “grudados”.

“Eles estavam sempre muito abraçadinhos, namoradinhos. Como é que o casal está se separando? Se você está beijando e abraçando sua mulher? Alguma coisa ficou estranha ali. Ela mascarou uma realidade. Sou madrinha de casamento deles, poderiam ter me chamado para dar uma força”, lamentou a ex-atleta.

Virna também disse que se assustou ao ler o boletim de ocorrência sobre a morte e ver como Ricardo descreveu a amiga.

“A Wal era uma pessoa muito generosa, construiu uma carreira muito linda. Os pais eram pessoas muito humildes. Ela pôde proporcionar uma boa moradia a eles, pagou os estudos do irmão e comprou vários imóveis na vida dela. Foi uma atleta muito centrada. Tanto que quando eu vi o B.O. do marido, eu assustei. Isso não é a Wal. Nunca vi a compulsão nela. Vaidosa, sempre. Gostava de grife e de se vestir bem, mas ela ganhava para isso. Ela podia se permitir aquilo”, destacou.

Por fim, a amiga lamentou a morte da campeã olímpica. “Agora não tem como ouvir mais ela. A gente nunca vai saber realmente a verdade. É muito triste mesmo, eu estou em choque ainda. Eu amava muito a Wal”, concluiu Virna.

Crise no casamento e morte

O viúvo da ex-jogadora disse à polícia que eles enfrentavam uma crise no casamento de 20 anos e que chegou a pedir o divórcio. Ele e Wal discutiram na noite anterior à morte dela e a mulher não estaria feliz com o fim da união.

“Ela me questionou que eu estava estranho e distante, eu respondi que não dava pra continuar onde não havia mais amor entre homem e mulher. Ela ficou introspectiva, ficou quieta e fomos dormir. A gente se amava, eu esperava ela aceitar a separação numa boa”, disse ele.

No último dia 21, ele foi trabalhar e, quando chegou em casa, afirma que não sabia que a mulher estava na área de lazer do prédio. Naquela data, às 18h07, ele recebeu uma mensagem de celular dela que dizia: “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”. Logo em seguida, Ricardo respondeu: “Também te amo”.

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Pouco tempo depois, ele foi avisado que ela tinha caído do 17º andar. “Cheguei em casa depois de um dia intenso de trabalho, não sabia que a Wal já tinha chegado. O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei.”

A polícia informou que Wal chegou a ser vista por testemunhas, que não notaram qualquer sinal de preocupação. Ela enviou uma mensagem de celular ao marido e, poucos minutos depois, houve a queda. Ela estava ingerindo bebidas alcóolicas e estava sozinha na área de lazer do prédio.

As investigações continuam em andamento no 78º Distrito Policial dos Jardins e até o momento o caso é tratado como suicídio.

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