A paralisação conjunta entre funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp, iniciada à 0h desta terça-feira (3), em São Paulo, causa uma série de transtornos. O trânsito na capital paulista chegou aos 598 km por volta das 8h, quase o dobro do registrado no dia anterior, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Até o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, teve uma “operação de contingência” implantada hoje (entenda os motivos abaixo).
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A greve dos servidores é um protesto contra as concessões e privatizações feitas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O movimento tem duração prevista de 24h, segundo informou o sindicato dos metroviários.
Para tentar minimizar os transtornos, o governo decretou ponto facultativo em escolas e nas unidades de saúde e a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos. Com isso, carros com placa final 3 e 4 poderão circular normalmente pelo Centro Expandido de São Paulo nos horários proibidos (entre 7h e 10h e 17h e 20h).
Com o número maior de veículos nas ruas, o trânsito complicou mais do que o normal nesta manhã. Segundo a CET, por volta das 10h, a situação era mais complicada na Zona Oeste, que concentrava 126 km de lentidão. Na sequência vinham a Zona Leste, com 117 km de filas, e a Zona Sul, com 107 km.
Enquanto isso, as estações das linhas da CPTM 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade continuam fechadas. Funcionam parcialmente as linhas 7- Rubi (de Caieiras a Luz) e 11-Coral (de Guaianases a Luz). Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda têm operação normal, já que são privatizadas.
Confira abaixo a situação das linhas do Metrô e CPTM:
Metrô
- Linha 1-Azul: fechada
- Linha 2-Verde: fechada
- Linha 3-Vermelha: fechada
- Linha 15-Prata: fechada
- Linha 4-Amarela: Aberta
- Linha 5-Lilás: Aberta
CPTM
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- Linha 7-Rubi: em operação de Caieiras até a Luz
- Linha 10-Turquesa: fechada
- Linha 11-Coral: em operação de Guaianases até a Luz
- Linha 12-Safira: fechada
- Linha 13-Jade: fechada
- Linha 8-Diamante: Aberta
- Linha 9-Esmeralda: Aberta
Seguem em funcionamento as integrações da linha 7-Rubi, na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante, e na Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. Já as transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1 Azul, na Luz, amanheceram fechadas.
A SPTrans destacou que a frota de ônibus da Capital funciona com 100% da operação, sem transtornos aos passageiros.
Já a Sabesp destacou que, apesar da paralisação, o fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto continuam normais nesta terça-feira.
Após o anúncio da paralisação, o governo estadual classificou a greve como “política” e conseguiu na Justiça que 100% dos serviços do metrô e da CPTM estejam em funcionamento em horário de pico sob pena de multas diárias, mas o sindicato dos metroviários classificou a liminar de “ataque ao direito constitucional de greve” e disse que recorreu da decisão. O órgão defende que seja realizado um plebiscito para discutir o tema das privatizações.
Durante entrevista coletiva nesta manhã, Tarcísio de Freitas voltou a criticar a paralisação e disse que a ação dos funcionários reforçam a necessidade de estudar a privatização das linhas do Metrô e da CPTM. “Quais as linhas disponíveis hoje? As linhas 4, 5, 8 e 9, operadas pela iniciativa privada. Isso reforça a convicção de que estamos indo na direção certa”, disse o governador.
Problemas no aeroporto
Além dos transtornos causados pela paralisação no Metrô e CPTM, funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços no Aeroporto de Guarulhos fazem um protesto contra a proibição do uso de celular nas áreas de carga e descarga dos terminais durante a jornada de trabalho.
Conforme reportagem do site G1, eles iniciaram o protesto às 3h e afirmam que foram obrigados a assinar um termo emitido pela Receita Federal sobre a restrição do uso de celular. Porém, discordam e alegam que precisam se comunicar com familiares ou por causa de possíveis emergências durante o expediente.
Em nota, a concessionária GRU Airport, que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, informou que “devido paralisação de parte do trabalhadores terceirizados que prestam serviço no pátio e à greve de metrô e CPTM, nesta terça-feira (3/10), foi iniciada a operação em contingência conforme protocolo pré-definido”.
Sobre atrasos e cancelamentos de voos, a orientação da concessionária é de que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas.
Procuradas, a Gol e Azul destacaram que não tiveram seus voos prejudicados pelo protesto dos funcionários do aeroporto.
Já a Latam destacou que “voos com origem ou destino em Guarulhos (São Paulo) nesta terça-feira (3/10) podem sofrer atrasos ou cancelamentos em função da manifestação de funcionários terceirizados que realizam as atividades de solo do aeroporto. Esta é uma situação totalmente alheia à vontade da LATAM”, declarou a companhia.
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