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Após fim da greve, linha privatizada de trem segue com problemas pelo 2º dia consecutivo, em SP

Linha 9-Esmeralda ainda opera em via única entre as estações Morumbi e Cidade Universitária

Problema começou ainda em meio a greve de terça-feira
Linha 9-Esmeralda, da Via Mobilidade, segue com falha pelo segundo dia seguido, em SP (Reprodução/TV Globo)

Depois de um dia de caos por causa da greve conjunta entre servidores do Metrô, Companhia Paulista de trens Metropolitanos (CPTM) e Sabesp, usuários do transporte coletivo ainda enfrentam problemas, em São Paulo. A Linha 9-Esmeralda, da Via Mobilidade, apresenta falhas no sistema elétrico pelo segundo dia consecutivo. O problema começou na tarde de terça-feira (3), quando a circulação ficou interrompida entre as estações Morumbi e Pinheiros e os passageiros tiveram que desembarcar.

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O problema continua e, na manhã desta quarta-feira (4), a linha ainda opera em via única entre as estações Morumbi e Cidade Universitária. A Via Mobilidade informou que a operação Paese foi acionada para atender os passageiros no trecho.

Conforme reportagem do site G1, a concessionária registrou um boletim de ocorrência após a falha. Isso pelo fato de que o problema teria sido causado por um ato de vandalismo.

No documento, funcionários relataram que notaram que os consoles que ficam nos postes, sustentando os cabos, estavam soltos. Além disso, algumas pedras grandes estavam próximas ao local, além de um objeto metálico estranho ao sistema lateral da via.

Em nota, o governo estadual informou vai apurar o problema. “Por meio Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões (CMCP), vai instaurar um processo administrativo para apurar a falha no sistema de energia da Linha 9-Esmeralda ocorrida nesta terça-feira (3). Qualquer inconformidade verificada é apurada e, se confirmada, as sanções e penalidades previstas em contrato são aplicadas”.

Paralisação afeta pelo menos seis linhas da CPTM e quatro do Metrô
Passageiros enfrentaram dia de caos com estações fechadas durante a greve (Aldieres Batista/Divulgação)

Fim da greve

Os metroviários decidiram em assembleia, na noite de terça-feira, encerrar a greve. Do total de presentes, 79% dos trabalhadores optaram por dar fim ao movimento.

A greve dos servidores foi um protesto contra as concessões e privatizações feitas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Durante todo o dia de ontem, estações das linhas da CPTM 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade continuam fechadas nesta tarde. Funcionam parcialmente as linhas 7- Rubi (de Caieiras a Luz) e 11-Coral (de Guaianases a Luz). Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda mantiveram operação, já que são privatizadas.

Além disso, pararam as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô. Continuaram apenas em operação as linhas 4-Amarela e 5-Lilás.

Algumas medidas foram tomadas para tentar minimizar os transtornos, como a decretação de ponto facultativo nas escolas e unidades de saúde pelo governo. Além disso, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos e o reflexo no trânsito foi grande, sendo que pela manhã a Capital quase atingiu os 600 km de congestionamento.

Reivindicações

Após o anúncio da paralisação, o governo estadual disse que a motivação da greve era “política” e conseguiu na Justiça que 100% dos serviços do metrô e da CPTM estivessem em funcionamento em horário de pico sob pena de multas diárias.

Porém, o sindicato dos metroviários classificou a liminar de “ataque ao direito constitucional de greve” e disse que recorreu da decisão. O órgão defende que seja realizado um plebiscito para discutir o tema das privatizações.

Durante entrevista coletiva na terça-feira, Tarcísio de Freitas voltou a criticar a paralisação e disse que a ação dos funcionários reforçam a necessidade de estudar a privatização das linhas do Metrô e da CPTM. “Quais as linhas disponíveis hoje? As linhas 4, 5, 8 e 9, operadas pela iniciativa privada. Isso reforça a convicção de que estamos indo na direção certa”, disse o governador.

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