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Sâmia Bomfim se despede do irmão médico, um dos mortos em ataque no RJ: “Vamos lutar por justiça”

Diego Ralf Bomfim e mais dois colegas foram baleados e não resistiram; um quarto médico sobreviveu

Ele foi assassinado com outros colegas no RJ
Deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL) com o irmão, o médico Diego Bonfim, morto em ataque no RJ (Reprodução/Instagram)

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) fez uma postagem nas redes sociais nesta sexta-feira (6) para se despedir do irmão, o médico Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, que foi morto em um ataque a tiros em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além dele, outros dois colegas foram baleados e não resistiram. Um quarto ortopedista sobreviveu e segue internado em estado estável.

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“Diego, meu irmão querido. Você sempre foi nosso maior orgulho. Um homem íntegro, doce, gentil, alegre, brincalhão, inteligente, amigo. Estava começando a realizar seus sonhos pessoais e profissionais, trabalhando muito. De você só tenho boas lembranças, da infância, adolescência, de quando moramos juntos, de quando cuidava do Hugo. Eu te amo pra sempre”, escreveu a deputada no seu Instagram.

“Nossa família é muito forte e unida e vamos seguir juntos por você sempre. Também não vamos nos conformar, vamos lutar por justiça. Você sempre incentivou que eu usasse minha voz e posição para brigar pelo certo e pelo justo. Essa briga eu daria tudo pra não precisar dar, mas será a maior de todas elas”, ressaltou ela.

Sâmia também fez outra postagem lamentando as mortes dos médicos Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, e Perseu Ribeiro Almeida, de 33, também vítimas do ataque, e ressaltou que os familiares das vítimas estão “destroçados”.

A deputada também compartilhou nos stories uma publicação do Santos Futebol Clube, time do coração de Diego, que lamentou a morte do médico. “Diego estava com o nosso Manto Sagrado durante o trágico momento”, ressaltou o time.

O ortopedista Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que estava com o trio e também foi ferido, foi o único sobrevivente do ataque. Ele foi socorrido e passou por uma cirurgia ortopédica no Hospital Lourenço Jorge. Depois, foi transferido para o Hospital Samaritano Barra, que é particular.

A unidade informou que o paciente “encontra-se lúcido, orientado e respira sem o auxílio de aparelhos”. Não há previsão de alta médica.

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Mortos por engano

Os ortopedistas estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, para o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Eles seguiram até o quiosque, que fica nas proximidades, por volta das 00h59 de quinta-feira (5), quando os criminosos já chegaram atirando (assista abaixo).

Conforme reportagem da TV Globo, a polícia acredita que os suspeitos confundiram o médico Perseu Ribeiro Almeida como sendo Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na região.

O médico e Taillon tinham semelhanças físicas e o alvo mora nas proximidades do quiosque onde ocorreu o crime. Assim, os traficantes queriam se vingar pela morte do colega Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, que foi assassinado no último dia 16 de setembro por milicianos, e acabaram matando o médico por engano.

Depois do crime, um dos suspeitos teria voltado ao quiosque para conferir se Perseu estava morto, acreditando que se tratava de Taillon.

Além de Perseu, mais dois médicos morreram no ataque
Polícia suspeita que assassinos acharam que miliciano Taillon Barbosa estava em quiosque, já que ele tem semelhanças físicas com médico Perseu, morto por engano (Reprodução/TV Globo)

Suspeitos mortos

Quatro corpos foram localizados pela polícia na noite de quinta-feira em dois carros na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Três deles estavam no veículo na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro, e o outro na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.

Conforme a corporação, dois dos mortos foram identificados como Philip Motta Pereira, o Lesk, que seria chefe de um grupo de traficantes, e Ryan Nunes de Almeida. Ambos são suspeitos de participar da execução dos médicos.

Já os outros dois corpos encontrados ainda passam por exames para identificação. As circunstâncias das mortes também serão apuradas.

Criminosos fugiram sem levar nada
Médicos Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida foram mortos a tiros em quiosque no RJ (Reprodução/Redes sociais)

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