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Falta de manutenção em sistema de gás provocou morte de bilionários em mansão, conclui polícia

José Bezerra de Menezes Neto e Luciana Bezerra foram vítimas de intoxicação por monóxido de carbono

Banqueiro José Bezerra de Menezes Neto e sua esposa Luciana
Banqueiro José Bezerra de Menezes Neto e sua esposa Luciana foram achados mortos em condomínio de luxo, em SP (Reprodução/Divulgação)

A Polícia Civil concluiu a investigação sobre a morte do banqueiro José Bezerra de Menezes Neto, de 64 anos, conhecido como Binho Bezerra, e de sua esposa, Luciana Bezerra, de 62, que foram encontrados sem vida em uma mansão em um condomínio de luxo no Guarujá, no litoral de São Paulo. Um laudo apontou que eles foram vítimas de intoxicação por monóxido de carbono e o inquérito revelou que a causa foi um vazamento de gás, que ocorreu por falta de manutenção.

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O delegado Fabiano Barbeiro, titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, disse em entrevista ao site G1 que a hipótese de crime foi descartada ao longo das investigações, então, a perícia buscou entender o que causou o vazamento de gás.

O investigador disse que não foram identificadas falhas no projeto da “casa de máquinas”, onde ficavam os equipamentos do aquecimento a gás, e também nenhum problema direto na fabricação dos equipamentos. “Não houve nada que desse a ideia de que a empresa fabricante [do equipamento] tenha cometido uma falha”, destacou.

Conforme o delegado, um dos canos apresentava desgaste por conta do tempo de uso e não houve a devida manutenção, que devia ter sido feita pelos donos da mansão.

“Se alguém errou, ele seria o dono da casa, que teria deixado de dar a devida atenção para aquela parte. Não há nenhuma empresa responsável por isso, que por acaso poderia não ter feito o serviço corretamente”, ressaltou Barbeiro.

Assim, a polícia encerrou as investigações e vai encaminhar o documento ao Ministério Público, que vai decidir se arquiva o caso ou pede novas diligências.

Relembre o caso

Os bilionários foram achados mortos no último dia 9 de setembro, em cima de uma cama em um dos quartos da mansão, que fica na Praia de Iporanga, no Guarujá. A cadela da família também estava morta ao lado dos donos. Não havia sinais de violência.

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Outros familiares do casal estavam em outros cômodos da mansão, mas não foram afetados. Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil estiveram no local avaliando o quarto das vítimas e o entorno da mansão em busca de possíveis indícios das causas das mortes. Tanto o aquecedor da piscina da mansão quanto de cômodos do imóvel são movidos a gás e foi levantada a hipótese de vazamento.

Depois, o laudo da necrópsia apontou o envenenamento por monóxido de carbono, o que indicava mesmo que houve um vazamento de gás. A investigação, no entanto, descartou qualquer ação criminosa e concluiu que houve falta de manutenção.

Os corpos do bilionário e da esposa foram sepultados no Cemitério do Morumby, na capital paulista.

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