Adriana Medeiros, mãe da trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, em Goiás, voltou a mostrar a filha em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) domiciliar e fez um desabafo. A jovem recebe os tratamento em casa desde que deixou o hospital, no último dia 6 de setembro, mas segue sem respostas neurológicas, o que é um grande desafio para a família.
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“Deus sabe de todas as coisas, mas confesso que não é fácil adaptar a essa nova realidade, muito difícil não saber o que fazer, muito dolorido ver nossa filha nessa condição e não poder fazer nada, mas seguirei em frente com muita fé em Deus e a ajuda de milhões de pessoas que emanam energias positivas e orações poderosas em favor da minha filha”, escreveu Adriana.
Apesar das dificuldades, ela fez questão de agradecer a toda a ajuda e orações que a jovem tem recebido. “Gratidão é a palavra, gratidão a todos vocês que estão ao nosso lado e torcendo para sua recuperação”, ressaltou a mãe.
Em outro vídeo, Adriana mostrou uma bomba de infusão obtida a partir de doações, para que Thais receba a alimentação enteral. “Obrigado meu Deus por colocar em nosso caminho tantas pessoas dispostas a nos ajudar”, escreveu ela.
A mãe mostrou, ainda, fraldas, itens de higiene e outros insumos usados na UTI domiciliar que foram doados para a jovem. “Obrigado a todos os envolvidos nessa doação, Deus sabe o nome de cada um de vocês e com certeza a multiplicara na vida de todos”, agradeceu ela.
Histórico de internações
Após passar cinco meses internada, Thais recebeu a primeira alta médica no último dia 31 de julho. Na ocasião, ela foi levada para a casa da família, onde foi montada uma UTI domiciliar com ajuda de uma vaquinha virtual.
No entanto, quatro dias depois, a jovem voltou às pressas ao Crer, pois apresentava febre e urina vermelha. Além disso, segundo relatou a mãe, ela sofreu um broncoespasmo, que reduz o ar que chega aos pulmões por causa de uma contração do músculo liso dos brônquios.
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Thais também ainda apresentava a infecção óssea e seguia sem respostas neurológicas. Apesar das dificuldades no quadro de saúde da filha, Adriana sempre se manteve otimista. “Mais uma vez, a Thais guerreira, é muito forte. Com certeza Deus tem um propósito pra gente (...) Obrigada a todos pelo cuidado, pelas orações, e estamos aí na batalha”, disse ela, na ocasião.
No dia 14 de agosto, a jovem foi transferida da UTI para a enfermaria do Crer, onde continuava em tratamento contra uma infecção óssea.
A trancista completou 26 anos no último dia 7 de setembro. Um dia antes ela deixou o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), onde estava internada, e pôde celebrar o aniversário ao lado da família. Desde então, segue na UTI domiciliar.
Reação à pimenta
A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
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