A jovem israelense Celeste Fishbein, de 18 anos, que é filha e neta de brasileiros, é procurada desde o último dia 7, quando o Hamas iniciou uma série de ataques contra Israel. Um conflito entre as duas partes se intensificou e a estimativa é que, até esta segunda-feira (16), 2.750 pessoas tenham morrido. Parentes da garota dizem que ela está sendo feira refém por extremistas e estão desesperados.
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“A verdade é que a situação é insuportável (...) Eu não sei aonde ela está. Eu não sei a condição dela. Eu não sei como ela está se sentindo. Não sei. Eu fico louca”, disse a mãe de Celeste, Gladys Fishbein, em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo.
Celeste trabalhava como cuidadora de crianças em uma escola infantil no Kibutz Be’eri, uma comunidade agrícola que fica nas proximidades da Faixa de Gaza. Ela estava em casa com o namorado quando a guerra começou e logo depois parou de responder às mensagens dos parentes.
A família dela, formada por judeus brasileiros, se refugiou em um bunker e foi resgatada por soldados israelenses horas após o início do conflito. Quando eles puderam sair, não encontraram mais Celeste e o namorado dela, que também ainda segue desaparecido. A casa em que viviam estava completamente destruída.
Sem notícias de Celeste ao longo dos dias, os parentes a procuraram entre os mortos, mas ela não estava entre os corpos já identificados. Logo depois, o Exército israelense teria informado que o celular da jovem apontava que ela estava em Gaza e, assim, tudo indica que ela está sob o poder do Hamas.
“Sabemos que o telefone dela está lá em Gaza. Não localizaram o telefone em si, localizaram o último sinal do telefone. Mas isso não quer dizer nada, o telefone pode estar em um lado e ela pode estar em outro”, explicou o tio, Mario Fishben.
Assim, a família segue em desespero em busca de notícias da jovem. “Vai passando o tempo e você vai ficando mais desesperado, porque eles não passam nenhum tipo de informação”, ressaltou ele.
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Guerra na Faixa de Gaza
O Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza, atacou Israel em várias frentes, no último dia 7 de outubro, dando início a um conflito que já deixou milhares de mortos. Inicialmente, civis e soldados israelenses foram sequestrados e assassinados em diversas regiões do país. Em resposta, o governo israelense declarou guerra e bombardeou fortemente a área rival, deixando um enorme rastro de destruição, conforme vídeos que circulam nas redes sociais.
Israel bloqueou a passagem de alimentos, água, combustível e medicamentos para a Faixa de Gaza e a única usina de energia da região parou de funcionar. A situação é de calamidade na região e os homens do Hamas estariam com pelo menos 199 reféns.
Um grupo de brasileiros que está na região pediu ajuda ao Itamaraty para deixar a área de conflito. São 28 pessoas, divididas em dois grupos, que aguardam a abertura da fronteira com o Egito. Até a madrugada desta segunda-feira, no entanto, essa passagem continuava fechada e não havia previsão de quando seria reaberta.