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Exército identifica militares suspeitos por sumiço de metralhadoras e apura se armas estão com facção

Investigação apura se extravio ocorreu no último dia 7 de setembro, quando o quartel estava em plantão

480 militares estão retidos no local
Exército apura o sumiço de 21 metralhadores de quartel em Barueri, no interior de SP (Reprodução/TV Globo)

A comitiva do Exército Brasileiro que investiga o sumiço misterioso de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de Barueri, no interior de São Paulo, identificou três militares suspeitos de envolvimento no caso. Os trabalhos ainda visam apurar se eles foram recrutados por uma facção do Rio de Janeiro, que estaria com as armas.

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De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, a suspeita é que o extravio tenha ocorrido no último dia 7 de setembro, quando o quartel estava em esquema de plantão por causa do feriado do Dia da Independência.

Desapareceram 13 metralhadoras calibre .50, que têm poder de derrubar até aeronaves, e oito metralhadoras calibre 7,62. O sumiço foi notado durante uma conferência interna de rotina, no último dia 10, e o caso revelado no dia 13. Por conta das investigações, 480 militares ficaram retidos por dias no quartel, sem acesso ao celular, e só agora começaram a ser liberados.

Após a identificação dos suspeitos, eles receberam um formulário para apresentarem suas defesas. Os militares em questão estavam escalados no plantão do feriado e teriam facilitado a retirada das armas. Mas ainda não está descartado que esse extravio tenha ocorrido ao longo de vários dias.

As investigações avançaram depois que a Polícia Civil do Rio de Janeiro enviou ao Exército um vídeo que circulava nas redes sociais, no qual quatro metralhadoras de grosso calibre eram oferecidas para a facção “Comando Vermelho”. Segundo o site G1, o grupo que furtou as metralhadoras pediu, por cada arma, o valor de R$ 180 mil.

Agora, os trabalhos também visam descobrir o paradeiro das armas e não estão descartadas punição aos militares responsáveis pelo controle do armamento no Arsenal de Guerra, já que eles só identificaram o sumiço das armas quase um mês depois.

Exército apura o que aconteceu
Vinte e uma metralhadoras que estavam no Arsenal de Guerra de Barueri, no interior de SP, sumiram (Reprodução/TV Globo)

Apesar da preocupação com o sumiço das armas, o Exército garantiu que o todo o arsenal levado é “inservível”, ou seja, não estaria funcionando e passaria por manutenção.

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Veja abaixo a nota do Exército na íntegra:

“O Comando Militar do Sudeste informa que, no dia 10 de outubro de 2023, em uma inspeção do Arsenal de Guerra de São Paulo, foi verificada uma discrepância no controle de 13(treze) metralhadoras calibre.50 e 8 (oito) de calibre 7,62, armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção. Imediatamente, foram tomadas todas as providências administrativas com o objetivo de apurar as circunstâncias do fato, sendo instaurado um Inquérito Policial Militar.

Toda tropa está aquartelada de prontidão (cerca de 480 militares), conforme previsões legais, para poder contribuir para as ações necessárias no curso da investigação. Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação.

Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada.”

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