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Chuva de medalhas para o Brasil no ringue do Pan de Santiago

No último dia de combates, os pugilistas brasileiros faturam quatro ouros, doze pódios e alcançam o melhor desempenho de todos os tempos

Beatriz Ferreira.
Beatriz Ferreira (Wander Roberto/COB)

Durante muito tempo considerado um coadjuvante na briga por medalhas em Jogos Panamericanos, o Boxe Olímpico do Brasil fechou o último dia de competição da modalidade, no ringue do Centro Olímpico de Santiago com uma campanha inédita em Jogos Panamericanos: ela resultou em doze pódios e o melhor desempenho desde 1963, quando o Pan foi disputado em São Paulo.

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Os destaques foram Barbara Almeida (nos 66 kg), Bia Ferreira (60 kg), Caroline “Naka” Almeida (50 kg) e Jucielen Romeu (57 kg) que conquistaram quatro medalhas de ouro. Tatiana Chagas (54kg), Michael Douglas Trindade (51kg), Wanderley Pereira (80kg), Keno Marley Machado (92kg) e Abner Teixeira (+92kg) levaram cinco medalhas de prata. Viviane Pereira (75kg), Luiz Oliveira “Bolinha” (57kg) e Yuri Falcão (63.5kg) subiram ao pódio e obtiveram três medalhas de bronze.

Jucielen Romeu
Boxe. Jucielen Romeu.

Os resultados poderiam ser ainda melhores não fossem lesões que impediram que dois pugilistas brasileiros -- Michael Douglas Trindade (51kg), com dores no cotovelo, e Abner Teixeira (+92kg), com problemas no joelho – sentissem dores e não tivessem condições físicas para entrar no ringue e tiveram que desistir poucas horas antes de suas lutas. Por decisão dos médicos, foram poupados, exatamente, para não correrem o risco de agravar suas contusões.

“Os pugilistas da nossa equipe que ainda estão na corrida por um lugar nos Jogos Olímpicos terão todo o nosso suporte para dar tudo em busca das vagas”

—  Mateus Alves, coordenador da Confederação Brasileira de Pugilismo

“Esse ótimo desempenho da equipe brasileira de Boxe nos Jogos Panamericanos de Santiago comprova que estamos no caminho certo”, diz Mateus Alves, coordenador da Confederação Brasileira de Pugilismo. “Ele foi alcançado com investimento em treinamento, participação em competições no exterior e atletas recebendo remuneração: esse sucesso não foi por sorte”.

Barbara Almeida.
Boxe Barbara Almeida.

Outra razão para que Alves ficasse muito satisfeito foi o fato de o Brasil ter sabido usar os combates do Boxe no Pan de Santiago 2023 para conquistar vagas para a modalidade nas Olimpíadas de Paris, em 2024. Com os bons resultados no Chile, nove pugilistas já estão garantidos, até agora.

O Brasil ainda terá como classificar os quatro atletas que não garantiram vaga em Paris 2024 nos pré-olímpicos do Boxe em fevereiro e em maio. “Os pugilistas da nossa equipe que ainda estão na corrida por um lugar nos Jogos Olímpicos terão todo o nosso suporte para dar tudo em busca das vagas”. Mesmo com os bons resultados, a equipe de Boxe Permanente da Confederação Brasileira de Pugilismo promete continuar trabalhando muito, para manter-se no topo.

Barbara Almeida
Boxe. Barbara Almeida.

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