Os pais da estudante Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, que morreu após ser baleada por um colega dentro de uma escola, na Zona Leste de São Paulo, ainda tentam entender o que aconteceu. Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, a mãe dela, Mariza Carvalho, afirmou que pensava que a filha estava protegida por estar na unidade de ensino. Durante a conversa, a genitora se emocionou e abraçou o repórter, gerando uma comoção na web.
“Minha filha está acolhida (...) ela está acolhida e está bem”, disse Mariza, aos prantos (assista abaixo).
Na entrevista, a mãe disse que não imaginou que a filha tinha sido morta quando ouviu sobre o ataque. “Eu não pensei que era com a Giovanna, porque, para mim, ela estava protegida na escola”, disse.
Ela lembrou que recebeu a confirmação da morte no hospital: “Eu defino ela como meu amor, a minha vida. Ali estava indo uma parte da minha vida”. Já o pai, Denis Bezerra, diz que ainda tenta assimilar o que aconteceu. “Era como se tivesse arrancado a metade, a maior metade de mim”.
A mãe se emocionou ao lembrar da filha e ressaltou que o amor por ela será eterno. “Não terei ela fisicamente, mas tenho ela aqui [no coração]. Quero essa saudade, esse amor ninguém vai tirar de mim”, afirmou.
Nas redes sociais, os internautas comentaram sobre as palavras “fortes” dos pais e como o abraço que a mãe deu no repórter durante a entrevista foi comovente. “Minha mãe começou a chorar e falar que nem sonha em passar por algo do tipo e começou a chorar, e eu comecei a chorar também”, escreveu uma usuária do “X” (antigo Twitter).
“Que dor dessa mãe”, destacou mais um internauta. “Eu não estou conseguindo parar de chorar”, escreveu outro.
Ataque na escola
O ataque aconteceu por volta das 7h30 do último dia 23 na Escola Estadual Sapopemba, que fica na Rua Senador Lino Coelho, na Zona Leste de São Paulo. Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um adolescente de 16 anos, que cursa o 1º ano do Ensino Médio na instituição, entrou armado na escola e atirou contra os colegas.
Giovanna foi ferida na cabeça e não resistiu. Além dela, outras duas alunas foram baleadas de raspão e um terceiro feriu a mão enquanto tentava fugir dos tiros. Os feridos receberam atendimento médico e estão fora de perigo.
Ao ser apreendido, o adolescente contou que encontrou a arma na casa do pai, dentro de um colchão, e que as balas estavam em uma caixa. Assim, ele carregou o revólver e levou para a casa em que mora com a mãe. Depois, seguiu até a escola e cometeu o ataque sozinho.
No entanto, a polícia investiga se ele tinha alguma ligação com um grupo criminoso, pois ele teria comentado em uma rede social que cometeria o ataque. Além disso, os investigadores apuram se o rapaz foi incentivado por alguém a promover o tiroteio.
O estudante tinha registrado um boletim de ocorrência, no dia 24 de abril deste ano, quando alegou que era vítima de agressões e ameaças de outros alunos na escola.
O pai do rapaz foi indiciado por posse irregular e omissão de cautela, já que não impediu o acesso do menor ao revólver. O adolescente permanece apreendido.
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