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Thiago Brennand é condenado por agredir modelo em academia de luxo em SP; veja a sentença

Helena Gomes disse que foi atacada após negar investidas do empresário; recentemente ele foi condenado por estupro

O empresário Thiago Brennand, que responde a processos por crimes sexuais, lesão corporal, tortura e cárcere privado, foi condenado pelas agressões cometidas contra a modelo Helena Gomes, em agosto de 2022, em uma academia de luxo, em São Paulo. Ele pegou um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, além de ter que indenizar a vítima em R$ 50 mil por danos morais.

A decisão do juiz Henrique Vergueiro foi divulgada nesta quarta-feira (1°). Apesar da condenação definir o cumprimento da pena no regime semiaberto, no qual o detento pode sair para trabalhar e estudar e voltar para dormir no presídio, Brennand seguirá em regime fechado, pois recentemente foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão pelo estupro contra uma norte-americana.

A defesa de Brennand não foi encontrada para comentar sobre o assunto até a publicação desta reportagem.

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As agressões contra Helena Gomes foram registradas pelas câmeras de segurança da academia. Na ocasião, a vítima contou que negou investidas do empresário e que ele a cercou enquanto fazia exercícios. Uma discussão foi iniciada e o empresário deu uma cabeçada e puxou o cabelo da mulher. Outras pessoas que estavam no local foram ajudar e também foram empurradas.

Na época, Brennand mandou uma mensagem para um ex-namorado de Helena Gomes após a agressão e se vangloriou sobre o episódio.

“Manda ela gritar comigo de novo, essa Helena. Pra mim ela tá humilhada como eu nunca vi. Ainda tentou cuspir de novo, eu puxei pelo cabelo para mostrar como que faz. Coitada. Ainda esculachei ela na saída, na frente de todo mundo”, disse o empresário no áudio, conforme divulgado pelo jornal “O Globo”.

O ex-namorado de Helena, que também treinava na academia e presenciou as agressões, tentou afastar o empresário e levou um empurrão. Por isso, depois do ocorrido, Brennand mandou a mensagem de áudio para ele se explicando.

“Essa mulher é um negócio inédito a nível de baixeza, de recalque. Ali qualquer um que entrasse ou ia ser espancado na porrada ou ia ter que ficar quietinho mesmo, que era o melhor”, disse o empresário.

Brennand chegou a registrar um boletim de ocorrência contra a modelo, dizendo que era vítima de calúnia e injúria. O homem disse que tentou “manter a calma”, mas que perdeu a paciência quando a mulher teria feito supostas agressões verbais citando sua mãe.

No entanto, as imagens de câmeras de segurança do estabelecimento mostraram o momento em que ele agrediu a modelo. Além disso, foi encontrado um chumaço de cabelo da vítima após as agressões, o que integrou o processo contra o agressor.

Depois da repercussão deste caso, outras vítimas passaram a procurar a polícia para denunciar Brennand por crimes de agressão, estupro, cárcere privado, tortura, armazenamento ilegal de armas, entre outros.

Ele deixou o Brasil e passou oito meses nos Emirados Árabes, mas acabou extraditado em abril deste ano e segue preso desde então no Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.

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Condenação por estupro

No início de outubro deste ano, Brennand já tinha sido condenado, em Porto Feliz, no interior do estado, a 10 anos e 6 meses de prisão pelo crime de estupro em regime fechado. Ele terá ainda que indenizar a vítima, uma norte-americana que vive no Brasil, em R$ 50 mil.

Segundo a mulher, ela conheceu Brennand ao tentar comprar um cavalo e foi estuprada na mansão do empresário, em um condomínio da cidade e forçada a fazer sexo anal sem consentimento, o que a levou a ter sangramentos por mais de duas semanas.

Além desse processo, os outros dois que estavam em andamento foram encerrados após acordos com as vítimas. Um era sobre injúria cometida contra um garçom e outro por ameaças contra um caseiro do condomínio de luxo onde o empresário morava.

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Mas o empresário enfrenta ainda enfrenta três processos em Porto Feliz. Ainda não há data definida para ele ser julgado pelos demais crimes dos quais é acusado.

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