A forte chuva que atingiu boa parte do estado de São Paulo na tarde da última sexta-feira (3) resultou na morte de sete pessoas, segundo a Defesa Civil. Elas foram vítimas que quedas de árvores, muros, paredes e até do naufrágio de uma embarcação (veja os detalhes abaixo). Além disso, houve a interrupção do fornecimento de energia elétrica e pelo menos 2,1 milhões de moradores ficaram no escuro. Nesta segunda-feira (6), segundo o balanço das empresas responsáveis, pelo menos 800 mil seguem no escuro.
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O temporal teve ventos que chegaram a 100 km/h. Segundo o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, foram registrados mais de dois mil chamados para ocorrências relacionadas às chuvas, principalmente sobre quedas de árvores, em 40 municípios paulistas.
A maioria dos imóveis que ainda sem energia são administrados pela Enel. Segundo a concessionária, até a tarde de domingo, 1,4 milhão de clientes estavam com o serviço normalizado. Porém, em alguns locais, a previsão é que o restabelecimento só ocorra na terça-feira (7).
“O vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Os profissionais da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para praticamente a totalidade dos clientes até a próxima terça-feira”, disse a concessionária, em nota.
“Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual. Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos”, destacou.
A segunda região que somou mais moradores no escuro é administrada pela CPFL. Até a tarde de domingo, a concessionária informou que cerca de 90 mil moradores seguiam sem energia.
“O grupo CPFL Energia segue atuando no restabelecimento dos clientes atingidos pela forte tempestade que atingiu os municípios da área de concessão de suas três distribuidoras. Neste momento, restam 90 mil clientes desligados. Com ventos acima de 151 km/h, velocidade equivalente a um furacão, segundo o Inmet, a tempestade deslocou-se por uma faixa de 400 km, entre Sudoeste e Nordeste do estado, provocando quedas de árvores de grande porte, destelhamentos, deslizamentos e alagamentos”, afirmou, em nota.
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“Na região da CPFL Santa Cruz, as regiões de Jacarezinho e Ourinhos foram as mais afetadas. Já na CPFL Piratininga, Sorocaba, Indaiatuba e a Baixada Santista tiveram mais impactos. Na CPFL Paulista, as regiões de Campinas, Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Piracicaba sofreram com o temporal”, ressaltou.
Já a área atendida pela Distribuidora EDP, que atua em 28 municípios nas regiões do Alto do Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte, informou que todos os seus clientes tiveram a energia restabelecida.
Nas redes sociais, muitas imagens mostram árvores caídas em diversas regiões de São Paulo:
Algumas regiões de São Paulo também ficaram sem fornecimento de água e, segundo a Sabesp, na manhã de domingo, o sistema ainda não tinha sido restabelecido em São Mateus, Itaquera, Vila Mariana,Vila Clara e Capão Redondo e, também nas cidades de Cotia, Osasco, Barueri, Taboão da Serra, Biritiba Mirim e Suzano.
“A falta de energia paralisou as instalações e estações elevatórias da empresa, afetando o nível dos reservatórios e, consequente, o abastecimento de água em diversas regiões”, destacou a Sabesp.
“Desde sexta-feira (3), a Sabesp está com equipes mobilizadas e em constante contato com as concessionárias de energia para restabelecer todas as instalações o mais breve possível e também adotou medidas operacionais para amenizar a situação”.
Mortes
Segundo a Defesa Civil, duas pessoas morreram após queda de árvores sobre veículos na Avenida Eduardo Sabino de Oliveira, na Zona Leste da Capital.
Em Osasco, na Grande São Paulo, ocorreu uma morte depois que uma árvore caiu sobre um muro e atingiu um carro na Avenida Luís Rink. Já em Santo André, no ABC Paulista, a parede de um prédio em construção caiu e matou uma pessoa na Rua Mendes Leal.
Em Suzano, uma árvore caiu e matou uma pessoa na Avenida Antônio Marques Figueira, na Vila Alzira. Já em Limeira, no interior paulista, um muro desabou em função dos fortes ventos e atingiu uma vítima, que também não resistiu.
A sétima morte ocorreu em Ilhabela, no litoral norte, depois que uma embarcação naufragou. Dois tripulantes foram socorridos, mas um terceiro não resistiu e morreu.
Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou as mortes.