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Após prisão de suspeita, jovem que teve rosto cortado em ônibus cita medo: “Trauma não me abandonou”

Stefani Firmo, de 24 anos, foi agredida em novembro do ano passado e precisou levar 18 pontos

Suspeita foi ouvida e liberada
Enfermeira Stefani Firmo, de 24 anos, teve o rosto cortado enquanto estava dentro de um ônibus de turismo (Reprodução/Redes sociais)

A enfermeira recém-formada Stefani Firmo, de 24 anos, que teve o rosto cortado dentro de um ônibus de turismo e precisou levar 18 pontos, se diz aliviada com a prisão de Edrilza de Lima Nascimento, de 46 anos, principal suspeita pela agressão. A mulher foi detida no domingo (12), em São Paulo, e deverá ser levada para a Bahia. Apesar de já recuperada da lesão, a vítima afirma que continua com medo de usar qualquer transporte coletivo.

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“Não tem sido fácil superar o que vivenciei. Desde então, tenho recebido acompanhamento psicológico toda semana e também me apeguei muito à minha fé em Deus. Mas até hoje não consigo ficar confortável em veículos coletivos. As poucas vezes em que tive que entrar em um ônibus por necessidade, depois do episódio, foram experiências muito ruins. Corri para pegar as cadeiras da última fileira, para garantir que não ficaria ninguém atrás de mim”, afirmou a enfermeira, em entrevista ao site UOL.

“É desgastante e estressante, por isso eu só pego ônibus quando é uma emergência mesmo. Eu prefiro usar Uber ou então pedir a amigos e familiares que me levem aos lugares. Isso é ruim porque agora que estou formada tenho muitas oportunidades de concorrer a vagas concursadas, mas acabo desistindo se tiver que ir muito longe para fazer as provas. O trauma não me abandonou”, lamentou a jovem.

O caso aconteceu no dia 29 de novembro do ano passado. Stefani, que é natural de São Paulo, mora em Itabuna, no sul da Bahia, desde 2008. Na ocasião, ela ainda era estudante de enfermagem e viajou para o Recife, em Pernambuco, com uma amiga para fazer uma prova de residência. Quando estava fazendo a viagem de volta para casa, ela contou que se cobriu com o edredom e adormeceu no coletivo. Porém, acordou sentindo o rosto ardendo.

Um vídeo publicado pelas jovens nas redes sociais mostrou a mulher se aproximando dela dentro do ônibus. Apesar de não ser possível ver o ataque em si, a estudante acredita que ela a atacou (veja as imagens abaixo).

A jovem destacou que a passageira, que levava uma faca de churrasco na sua bagagem, ficou olhando para o celular e “fingiu que não estava vendo nada”. Stefani foi socorrida e precisou levar 18 pontos.

Na época, a Polícia Civil informou que o caso era investigado pela Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur) de Conde, na Bahia, que instaurou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por “lesão leve”. A passageira foi identificada e levada até a delegacia, mas foi ouvida e liberada. Após insistência da defesa da jovem, a Justiça passou a considerar o caso como “gravíssimo” e expediu um mandado de prisão.

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A defesa de Edrilza não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Hoje, apesar de já recuperada da lesão, a jovem ainda busca justiça. Após saber da prisão da suspeita, ela postou um vídeo nas redes sociais, onde destacou que esperava por esse momento há muito tempo.

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