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Encontros secretos e exigências: saiba como Suzane Richthofen escolheu o pai da filha na internet

Condenada por matar os pais, ela usava seu segundo nome para disfarçar, segundo revelou biógrafo

Suzane Richthofen, de 40 anos, condenada por matar os próprios pais, usou a internet para escolher o pai da filha que espera. A revelação foi feita pelo jornalista e biógrafo Ulisses Campbell, que escreve o livro “Suzane .40 - A Mãe que Matou a Mãe”, previsto para ser lançado ano que vem. Segundo ele, a ex-presidiária marcou vários encontros pelo aplicativo de relacionamento Tinder, onde usava seu segundo nome, Louise, para disfarçar. Exigente, ela teria dispensado alguns candidatos.

A gravidez de Suzane foi revelada por Campbell, em setembro passado, que indicou que o escolhido por ela é o médico Felipe Zecchini Muniz, com quem já mora em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ele já teria enfrentado problemas profissionais e até familiares por conta do relacionamento.

Mas antes de começar o namoro com o médico, que conheceu por meio do Instagram, Suzane marcou vários encontros secretos com pretendentes que conheceu no Tinder, conforme o biógrafo disse ao site “Notícias da TV”.

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“Ela fez um perfil com o próprio nome, mas não colocou o sobrenome ‘von Richthofen’. Quando a Suzane quer fazer coisas de forma sorrateira, ela se aproveita do segundo nome dela, que é Louise. Quando ela estava com o Rogério Albergue das Dores [ex-namorado], ela usava o nome Louise das Dores porque estava em uma união estável com ele”, afirmou Campbell.

Segundo o biógrafo, Suzane dispensou um rapaz após um dos encontros, pois achou que ele era bem diferente do que se apresentava no Tinder. “Como agora ela cumpre pena em regime aberto, não poderia sair da cidade domicílio. Esse rapaz carioca viajou até Angatuba. Quando chegou lá, ela percebeu que ele era muito diferente do que estava nas fotos, não gostou e dispensou. Suzane já estava flertando há muito tempo”, afirma.

Suzane também teria marcado encontros com um homem que conheceu por meio do seu perfil profissional no Instagram, o “Su Entre Linhas”. Na página ela divulga os produtos artesanais que produz desde que deixou a cadeia e passou a cumprir o regime aberto. O rapaz teria dado ajuda ao negócio e os dois se relacionaram, mas ela também o dispensou.

“O rapaz chegou a fazer um site para ela, e ela teve um lance com ele. As pessoas compram bastante as coisas dela. A Suzane tem um perfil de fãs, porque eles defendem muito ela e compram para ajudar”, disse Campbell.

O jornalista revelou, ainda, que quando Suzane circula pelo interior de São Paulo e não quer ser reconhecida, costuma usar uma peruca preta com corte no estilo “chanel”. Apesar de tentar disfarçar, ela foi recebida com estranheza pelos moradores do condomínio em que ela mora com o namorado.

“A assassina tem chocado a pacata população local ao fazer caminhadas matinais na calçada do lago Taboão, um ponto turístico do município”, ressaltou o jornalista.

Morte do casal Richthofen

Segundo a Justiça, Suzane Richthofen planejou a morte dos próprios pais e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal. O crime ocorreu no dia 31 de outubro de 2022.

Logo depois do início das investigações, a jovem foi presa. Em 2006, ela foi julgada e condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. No entanto, entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela, que está em regime aberto desde o início deste ano, cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.

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A primeira vez que Suzane deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo, foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa. Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.

Ela tentava obter a progressão desde 2017 para o regime aberto, mas até então todos os pedidos tinham sido negados. No início deste ano ela finalmente conseguiu o benefício.

No novo regime de liberdade, Suzane tem que seguir algumas regras. Durante o dia, pode sair e até trabalhar, mas à noite tem que se recolher em uma casa de albergado, determinada pela Justiça. Caso ela decida mudar de endereço novamente, terá que antes obter autorização do Poder Judiciário.

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Nova vida no interior

Depois que saiu da prisão, Suzane passou a morar em Angatuba, também no interior de São Paulo. Além de cursar biomedicina em uma faculdade particular, ela também prestou o concurso público da Câmara Municipal de Avaré, visando uma vaga como telefonista.

Além disso, se tornou uma empreendedora. Ela abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Angatuba como dona de um ateliê de costura. Agora, espera a chegada da primeira filha.

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