A goiana Maísa da Rocha, de 23 anos, que mora na Espanha há seis anos, onde trabalhava como garçonete, passou um perrengue daqueles por conta de sua aparência. Ruiva, branca e magra, ela foi confundida com uma suposta sequestradora e passou quatro dias presa, mesmo negando a autoria do crime e apresentando um álibi.
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“[Estou] Traumatizada, dá até vontade de ir logo embora. A gente vem para cá em busca de melhorias e acontece isso”, disse a jovem, em entrevista ao site G1.
Maísa contou que, em outubro passado, uma mulher procurou a polícia espanhola para denunciar que uma mulher ruiva, branca e magra tinha tentado sequestrar seu neto em uma praça, na cidade de Oviedo. O local fica nas proximidades da casa em que a brasileira mora com uma irmã.
As autoridades iniciaram uma investigação e reuniram fotos de mulheres com essas características. A mãe do menino viu as imagens e teria apontado Maísa como sendo a responsável.
“A avó da criança foi quem denunciou. Depois, a mãe da criança, que nem estava lá, disse que fui eu. Depois, uma mulher que tem um estabelecimento aqui perto ligou para a mãe da criança e disse que tinha sido eu”, contou a goiana.
No último dia 7 de outubro, a brasileira diz que foi abordada pela polícia ao sair do trabalho. Na ocasião, foi questionada sobre a suposta tentativa de sequestro e negou, mostrando provas de que, na ocasião em que o crime foi cometido, ela estava com sua irmã em casa.
“Eu estava arrumando para ir para o meu serviço. Mostrei para eles vídeos que tinha feito com minha irmã no Tik Tok naquele horário”, contou a jovem.
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Apesar do álibi, a brasileira foi levada para a delegacia da cidade, onde ficou três dias presa. Depois, foi transferida a um presídio, onde passou mais um dia. Ela só foi solta depois que uma jovem ruiva procurou a polícia e revelou um desentendimento que teve com a avó do menino.
“A menina que realmente teve a discussão com essa senhora, que tem o cabelo da cor do meu, falou para a mãe dela que quem tinha brigado com a senhora era ela. Elas foram e falaram a verdade para a polícia, que ela tinha discutido com a senhora, mas não queria levar o menino, estava só chamando ele para brincar”, disse Maísa.
Por conta da confusão, a brasileira foi demitida do emprego. Agora, disse que pretende processar as autoridades de Oviedo pelo erro. A reportagem tentou contato com a polícia espanhola, mas não houve retorno.
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