O policial militar Thiago Cezar de Lima, de 36 anos, que foi preso após ser flagrado dando socos e executando a tiros a esposa, Erika Satelis Ferreira de Lima, de 33, seguirá detido por tempo indeterminado. Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio e encaminhado ao Presídio Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Conforme a investigação, ele e a vítima estavam casados há seis meses. Em outubro passado, a mulher registrou um boletim de ocorrência contra ele por ameaça.
Erika foi morta com três tiros no domingo (3), no meio da rua, em Perus, na Zona Norte da Capital. Câmeras de segurança de um comércio mostraram a mulher parando o carro e tentado tirar o marido do banco de trás. Ele sai forçado, mas parte para cima da mulher e dá cinco socos no rosto dela, depois saca a arma e dá três tiros na esposa, matando-a no local.
O policial entra no carro e sai, mas minutos depois volta e a coloca dentro do veículo. Ele levou a esposa ao hospital, onde os médicos confirmam a morte de Erika.
VEJA O VÍDEO DO CRIME (ATENÇÃO, AS IMAGENS SÃO FORTES)
No boletim de ocorrência, consta que Thiago confessou ter matado a esposa após uma discussão, mas disse que ela tinha tentado pegar a sua arma, por isso ele atirou nela, embora as imagens mostrem que em nenhum momento ela teve qualquer reação nesse sentido, já que mal conseguia se manter de pé após ser surrada pelo marido.
Após ser preso, o PM ficou em silêncio ao ser interrogado na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e não explicou os motivos de ter atirado na esposa. A vítima deixou duas filhas, frutos de um relacionamento anterior.
A defesa de Lima não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Ameaças
No último dia 30 de outubro, Erika registrou um boletim de ocorrência contra o marido por violência doméstica. Ma ocasião, ela disse à polícia que estava sendo ameaçada por ele, mas, ainda assim, não quis fazer uma representação criminal e nem pediu medida protetiva.
De acordo com o site G1, a ocorrência foi registrada na mesma delegacia em que a morte dela é investigada agora, a 4ª DDM. Conforme a denúncia, a mulher disse que o casal tinha ido até uma c asa noturna, mas que o marido havia discutido com ela por causa de ciúmes.
Em casa, a discussão continuou, quando o PM ameaçou matá-la, chegando a pegar a arma em mãos e apontá-la contra sua cabeça. A mulher disse que o soldado afirmou que ela “não iria ver suas filhas crescerem”.
Na época, Erika acionou a Polícia Militar, que a levou até a delegacia. Lima chegou a ser ouvido, mas negou ter ameaçado a esposa e apontado a arma para ela.
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