O que era para ser um momento de diversão em uma corrida de kart acabou em tragédia para a adolescente Heloisa Rocha, de 17 anos, que teve 80% do couro cabeludo arrancado após seu cabelo prender no motor de um carro. A vítima foi socorrida e segue internada, no Distrito Federal. A família denuncia que a garota não recebeu as devidas orientações de segurança no kartódromo.
O caso aconteceu no último domingo (10), em uma pista de corrida na região do Paranoá. De acordo com reportagem do site UOL, Heloisa comemorava o aniversário do namorado, com a família dele, quando seu cabelo prendeu no motor de um kart. A mãe dela, Elizabeth Heliodoro, contou que a filha usava uma “blusa de balaclava” e um capacete, mas não recebeu a devida orientação de que deveria manter os fios presos.
Após o acidente, a mãe diz que foram as testemunhas que estavam no local que acionaram o resgate, sendo que o estabelecimento responsável não contava com equipe de socorro e não prestou o devido apoio.
Ao UOL, o kartódromo negou a falta de orientações e destacou que forneceu “todo o equipamento de segurança” para a adolescente. “Foi feito briefing, com instruções do uso do kart e regras da pista para corrida. Infelizmente, na última volta o cabelo dela saiu de alguma forma da camisa balaclava e enrolou no eixo do kart, arrancando parte do couro cabeludo”, destacou a empresa.
Estado de saúde
Heloisa foi socorrida e levada ao Hospital de Base, onde recebeu os primeiros socorros. Depois disso, em função da gravidade do caso, foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte para ser avaliada pela equipe de cirurgia plástica.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a paciente “está com indicação de lavagem e curativo de 72 em 72h” para recuperação do tecido, e que a equipe especializada “avaliará o momento oportuno para o enxerto”.
A mãe destacou que ela passou por um procedimento cirúrgico na quinta-feira, mas que a família teve que entrar com uma ação na Justiça para instalação de um equipamento que deve ajudar na recuperação.
O advogado Pedro Pagano disse ao UOL que a decisão judicial determinou que o DF forneça o “tratamento adequado ao quadro de escalpelamento, notadamente o curativo a vácuo, visando a otimizar o quadro clínico da autora, sem prejuízo do fornecimento dos fármacos e demais cuidados necessários ao combate da enfermidade que a acomete.”
O prazo estabelecido foi de 24 horas, mas, se isso não ocorrer, a família estuda transferir a garota para um hospital particular.
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