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Policial, empresário e vigilante: o que se sabe sobre tiroteio que deixou três mortos em São Paulo

Câmeras de segurança registraram o momento dos tiros em frente a uma mansão, nos Jardins

Caso foi registrado por câmeras de segurança
Investigadora Milene Bagalho, empresário Rogério Saladino e o vigilante particular Alex James Gomes Mury foram baleados e não resistiram (Reprodução/Redes sociais)

Um tiroteio em frente a uma mansão nos Jardins, bairro nobre que fica na região central de São Paulo, terminou com três mortos. Uma investigadora da Polícia Civil, um empresário e um vigilante particular foram baleados e não resistiram (saiba mais sobre eles no fim do texto). Um vídeo registrou o momento da troca de tiros, que ainda envolveu um policial, que escapou ileso (veja abaixo).

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O caso aconteceu no sábado (16). Conforme o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a investigadora Milene Bagalho, de 39 anos, e o colega, Felipe Wilson da Costa, de 44, integravam o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Eles estavam em busca de pistas sobre criminosos que invadiram uma casa, no último dia 15, quando seguiram para esquina das ruas Guadalupe com a Venezuela, no Jardim América.

Os policiais estavam em um veículo descaracterizado, mas, segundo o DHPP, ambos usavam distintivos da Polícia Civil. Eles tocaram a campainha de algumas residências, se apresentaram, e pediram imagens de câmeras de segurança que pudessem ter registrado os criminosos que procuravam.

Foi quando o dono de uma mansão, o empresário Rogério Saladino, de 56 anos, estranhou a movimentação e acreditou que se tratavam de ladrões. Assim, abriu o portão de casa e atirou contra os policiais. Costa reagiu e também atirou na direção da casa, acertando o homem no peito. O vigilante particular Alex James Gomes Mury, de 49 anos, que era funcionário do dono da mansão, também acabou baleado. Milene levou três tiros, mas não chegou a efetuar nenhum disparo.

A policial e o empresário chegaram a ser socorridos e levados a hospitais, mas não resistiram. Já o vigilante particular morreu ainda no local. O outro policial envolvido não ficou ferido.

O DHPP esteve no local do tiroteio, onde apreendeu quatro armas. Duas delas estavam com os policiais e as outras duas eram de Saladino, que tinha autorização para ter armas em sua casa, já que era CAC (sigla para Caçador, Atirador e Colecionador de Armas). Agora a investigação busca saber quem atirou em quem.

Na casa do empresário, após buscas, foram encontradas “porções de maconha”. O corpo dele e do vigilante passam por exames para saber se estavam sob efeito de entorpecentes.

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Quem eram as vítimas?

Rogério Saladino tinha registro de três armas, mas, segundo a Polícia Civil, errou em reagir sem saber o que estava acontecendo.

“Ele [Rogério] achou que era um golpe mas ele fez tudo errado. Ele tava seguro dentro da casa dele. A casa tem a guarita blindada, estava com os portões todos fechados se ele desconfiasse de alguma coisa o que ele tinha que ter feito ligasse pra Polícia Militar, ligasse pra Polícia Civil”, lamentou o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, ao site G1.

O empresário era sócio-presidente do Grupo Biofast, empresa brasileira que desde 2004 atua no mercado de medicina diagnóstica. Entre as análises realizadas estão as clínicas, anatomia patológica e biologia molecular. Ele namorava a modelo e arquiteta Renata Klamt, de 37 anos, que fez postagens lamentando a perda nas redes sociais.

Já a investigadora Milene trabalhava na Polícia Civil há sete anos e ajudou a esclarecer vários crimes. Ela deixou uma filha de cinco anos. Em nota, a corporação lamentou a morte.

“É com imenso pesar que a Polícia Civil informa que a investigadora Milene Bagalho Estevam faleceu ontem, 16/12, no cumprimento da função”, informa trecho do comunicado. “A Polícia Civil presta os mais sinceros sentimentos de solidariedade à família e aos amigos.”

Já Mury, que trabalhava para o empresário como vigilante particular, também atuava como jardineiro. Não há detalhes sobre o tempo que ele prestava serviços no local.

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