O pai e a mãe do menino Rodrigo Junior Santos Queiroz, de 2 anos, que morreu com sinais de maus-tratos, foram presos na noite de quarta-feira (20), em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o garotinho deu entrada sem vida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 26 de Agosto, em Itaquera, na Zona Leste, com dentes quebrados, cortes na gengiva e vários hematomas no corpo. Os genitores alegaram que ele caiu, mas ambos acabaram indiciados por homicídio.
Conforme reportagem do site G1, os pais levaram o filho até a UPA alegando que ele tinha caído, sem dar detalhes sobre a queda. O pai, Rodrigo Pinheiro, contou aos medicos que o filho tinha alergia, que explicariam as marcas na pele, e negou qualquer tipo de violência.
Já a mãe, Eliana da Paixão, também citou a suposta alergia e ressaltou que os ferimentos que o filho tinha na boca tinham sido causados por “bruxismo”, que é um transtorno no qual a pessoa costuma bater e ranger os dentes.
Os médicos desconfiaram dos maus-tratos e acionaram a Polícia Militar. O casal foi ouvido pelos agentes e negou qualquer tipo de violência contra o garoto. A avó também conversou com a polícia e disse que, no último dia 12 de novembro, os pais tinham viajado e a babá a informou de que Rodrigo Junior parecia doente e com ferimentos.
Assim, a avó disse que levou o neto ao hospital, mas não suspeitava dos maus-tratos, já que nunca viu os pais o agredindo. Babás também foram ouvidas e disseram que a mãe costumava deixar o filho no escuro e sem comida.
A Polícia Civil diz que o casal apresentou bastante frieza ao ser ouvido e que estava preocupado apenas em quando iria deixar a delegacia. Porém, eles foram presos em flagrante, indiciados por homicídio e seguem à disposição da Justiça.
A defesa do casal não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
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