A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, passou o Natal internada no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), em Goiânia, Goiás. Em postagem nas redes sociais, a família dela destacou que esse momento tem sido de “muita luta e dor”, mas agradeceu por todo o apoio e orações (veja no vídeo abaixo).
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“Muito obrigado a todos que nos seguem e nos ajudam todos os dias, peço a Deus todos os dias que ele guarde e abençoe todos vocês. Esse ano esta sendo de muita luta e dor, mas Deus sabe de todas as coisas e com certeza, em toda essa luta, tem um propósito que será revelado mais a frente. Eu e minha filha estamos preparados para aceitar os designíos de Deus, mas enquanto ele permitir que esteja entre nós, faremos com a ajuda de todos o melhor para ela. Por agradeço a todos vocês que sempre nos acompanham e nos envia mensagem de fé e otimismo, Deus abençoe cada um de vocês”, dizia a postagem.
No vídeo, a mãe da trancista, Adriana Medeiros, desejou Feliz Natal a todos e disse que a luta dela com a filha continua. “Eu estou aqui com ela, não poderia passar essa noite longe da Thais. E só tenho a agradecer”, disse ela.
A internação da jovem ocorreu no último dia 6. Na ocasião, Adriana disse que a medida já estava programada para que a filha passasse pelos exames. Os médicos precisavam saber como está a infecção que ela tem nos ossos, chamada osteomielite. A previsão é que ela fique pelo menos dois meses internada para o tratamento com antibióticos.
Em outra publicação, a família postou uma foto antiga de Thais e falou sobre os desafios do tratamento dela. Eles agradeceram por todo o apoio e doações que receberam desde que ela teve a reação à pimenta e ressaltaram que continuam precisando de ajuda.
“Para o próximo ano esses custos vão aumentar ainda mais, porque as escaras [feridas] que tanto impedem de ter um tratamento de reabilitação mais intensivo estão se fechando e com isso poderemos intensificar em muito a reabilitação dela e aumento as sessões também aumentam os custos com os profissionais que cuidam dela”, diz o texto.
“Hoje ela encontra-se internada para tratamento com antibióticos para curar uma bactéria que ela contraiu no osso e que não podemos deixar se alastrar e por isso a necessidade dela ficar internada por 1 ou 2 meses”, destacaram os parentes de Thais.
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“Agora após passamos por uma análise sobre tudo que fizemos com as doações da primeira vaquinha, o pessoal do @vooa - Razões para acreditar, decidiram abraçar novamente a causa da Thais e criaram uma nova campanha para que possamos ter recursos para custear o tratamento dela por pelo menos 1 ano, por isso pedimos, se você quiser e puder nos ajudar e só clicar no link que esta na Bio desse perfil e fazer a sua contribuição”, pediu a postagem.
Reação à pimenta
A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
A trancista completou 26 anos no último dia 7 de setembro. Após meses de internação e várias idas e vindas ao hospital, ela pôde celebrar o aniversário ao lado da família. Desde então, seguia na UTI domiciliar e também passa por um tratamento chamado neuromodulação.
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