A Polícia Civil identificou a substância que matou Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, em Goiânia, em Goiás. Conforme o delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, os corpos das duas vítimas apresentavam a presença do produto tóxico e letal, que não tem sabor nem odor, que foram colocados em bolos de pote. A advogada Amanda Partata, de 31 anos, segue presa como a principal suspeita pelo crime.
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A polícia não revelou o nome da substância, para evitar incentivar o uso, mas informou que se trata de um óxido inorgânico. Segundo a Polícia Técnico-Científica, foi realizado um exame toxicológico em amostras coletadas no local do crime e amostras retiradas dos corpos das vítimas.
Dois dos bolos de pote apresentavam o produto, que é considerado um “veneno potente” e que foi colocado em grande quantidade. Antigamente, ele era usado como pesticida, mas foi retirado do mercado e atualmente pode ser adquirido apenas por empresas. A polícia diz que os doces foram adulterados após a compra em uma doceria famosa, que não tem nenhuma ligação com o crime.
Agora, a polícia busca identificar como a advogada teve acesso a essa substância. Até chegar ao produto, foram analisados pelo menos 300 pesticidas, que foram descartados. Ainda assim, a investigação mantinha a tese de envenenamento, o que foi comprovado pelas análises.
Amanda foi presa no último dia 20 e passou por uma audiência de custódia no dia 21. Na ocasião, ela negou a autoria do crime e reclamou da forma que foi presa, pois estava em tratamento em uma clínica. A mulher disse que “perdeu o bebê” que esperava e confirmou que, “mais de uma vez”, tentou se matar após a repercussão do caso: “Minha vida acabou”, disse.
Os advogados da suspeita contestam a legalidade da prisão e pediram a soltura dela, o que foi negado pela Justiça. A defesa ressaltou que fez um novo pedido de habeas corpus e ainda aguarda a decisão.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Civil, Amanda comprou doces em um estabelecimento famoso da cidade para um café da manhã em família, no último dia 17. Horas depois, Leonardo e Luzia passaram mal e foram hospitalizados, mas não resistiram. A investigação descartou irregularidades nos produtos da doceria.
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Conforme a investigação, Amanda teve um relacionamento com o filho de Leonardo por cerca de três meses, mas eles romperam. Depois disso, ela afirmou que está grávida e apresentou exames aos familiares do rapaz. Assim, continuava mantendo contato com eles.
Na data do crime, ela foi ao encontro do ex-sogro e da mãe dele para um café da manhã. Ela chegou ao local levando alguns doces e outros alimentos. Pouco mais de três horas depois, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, vômitos e diarreia. Ambos foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas o quadro piorou e os dois morreram ainda naquele dia.
Amanda chegou a relatar que também se sentiu mal enquanto estava voltando para Itumbiara (GO), onde mora, e por isso decidiu voltar para Goiânia. Assim, incialmente, levantou suspeitas contra a doceria onde adquiriu os produtos.
A polícia e outros órgãos de fiscalização visitaram as unidades do estabelecimento e não encontraram nenhuma evidência de contaminação. Assim, foi descartado que os doces tinham sido a causa da morte das vítimas.
O caso seguiu em investigação e, na noite do dia 20, Amanda foi presa. Na porta da delegacia, ela disse que está grávida e negou que tenha envenenado o ex-sogro e a mãe dele. No entanto, a polícia acredita que a gestação era falsa e que ela cometeu o crime após ser rejeitada pelo ex-namorado.
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