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VÍDEO: Polícia diz que advogada comprou veneno que matou ex-sogro e a mãe dele pela internet

Ela apareceu em imagens recebendo o pacote com o produto, que depois aplicou em bolos de pote

Ela segue presa pelo crime
Polícia diz que Amanda Partata comprou veneno que matou ex-sogro e a mãe dele pela internet (Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre as mortes de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, em Goiânia, em Goiás. Conforme o delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, a advogada Amanda Partata, de 31 anos, que segue presa pelo crime, comprou o veneno usado pela internet. Um vídeo mostrou o momento em que ela recebeu o pacote um dia antes do crime (assista abaixo).

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Conforme a polícia, os corpos das duas vítimas apresentavam a presença do produto tóxico e letal, que não tem sabor nem odor, que foram colocados em bolos de pote. A advogada comprou os produtos em uma doceria famosa de Goiânia e levou para um café da manhã com as vítimas. O delegado diz que o objetivo dela era se vingar do ex-namorado, matando os familiares dele.

A polícia não revelou o nome da substância, para evitar incentivar o uso, mas informou que se trata de um óxido inorgânico. Segundo a Polícia Técnico-Científica, foi realizado um exame toxicológico em amostras coletadas no local do crime e amostras retiradas dos corpos das vítimas.

Dois dos bolos de pote apresentavam o produto, que é considerado um “veneno potente” e que foi colocado em grande quantidade. Antigamente, ele era usado como pesticida, mas foi retirado do mercado e atualmente pode ser adquirido apenas por empresas. A polícia diz que os doces foram adulterados após a compra em uma doceria famosa, que não tem nenhuma ligação com o crime.

Amanda foi presa no último dia 20 e passou por uma audiência de custódia no dia 21. Na ocasião, ela negou a autoria do crime e reclamou da forma que foi presa, pois estava em tratamento em uma clínica. A mulher disse que “perdeu o bebê” que esperava e confirmou que, “mais de uma vez”, tentou se matar após a repercussão do caso: “Minha vida acabou”, disse.

Conforme o delegado, Amanda ficou muito nervosa durante o primeiro depoimento. Assim, ele pediu para ver o histórico do aplicativo de transporte no celular dela na data das mortes. “Eu pedi para pegar o celular e ela desistiu. Entrou em desespero e falou que só ia falar com a presença de advogado. Ela teve comportamento defensivo logo no primeiro interrogatório”, disse o investigador.

O delegado destacou que ela vai vai responder por duplo homicídio e tentativa de homicídio. Procurada, a defesa da advogada informou que apenas se manifestará nos autos processuais.

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Mulher afirma que está grávida do filho da vítima
Polícia diz que a advogada Amanda Partata matou o ex-sogro e a mãe dele com bolos de pote envenenados (Reprodução/Redes sociais)

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil, Amanda comprou doces em um estabelecimento famoso da cidade para um café da manhã em família, no último dia 17. Horas depois, Leonardo e Luzia passaram mal e foram hospitalizados, mas não resistiram. A investigação descartou irregularidades nos produtos da doceria.

Conforme a investigação, Amanda teve um relacionamento com o filho de Leonardo por cerca de três meses, mas eles romperam. Depois disso, ela afirmou que está grávida e apresentou exames aos familiares do rapaz. Assim, continuava mantendo contato com eles.

Na data do crime, ela foi ao encontro do ex-sogro e da mãe dele para um café da manhã. Ela chegou ao local levando alguns doces e outros alimentos. Pouco mais de três horas depois, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, vômitos e diarreia. Ambos foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas o quadro piorou e os dois morreram ainda naquele dia.

Amanda chegou a relatar que também se sentiu mal enquanto estava voltando para Itumbiara (GO), onde mora, e por isso decidiu voltar para Goiânia. Assim, incialmente, levantou suspeitas contra a doceria onde adquiriu os produtos.

A polícia e outros órgãos de fiscalização visitaram as unidades do estabelecimento e não encontraram nenhuma evidência de contaminação. Assim, foi descartado que os doces tinham sido a causa da morte das vítimas.

O caso seguiu em investigação e, na noite do dia 20, Amanda foi presa. Na porta da delegacia, ela disse que está grávida e negou que tenha envenenado o ex-sogro e a mãe dele. No entanto, a polícia acredita que a gestação era falsa e que ela cometeu o crime após ser rejeitada pelo ex-namorado.

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