A Polícia Civil investiga as mortes de quatro jovens encontrados desacordados dentro de uma BMW/320i, que estava estacionada na rodoviária de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. A suspeita é que eles tenham sido vítimas de intoxicação por monóxido de carbono, já que o cano de escape que sai do motor estava desencaixado.
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As vítimas foram encontradas na manhã de segunda-feira (1º), após passarem o Réveillon na praia. Se tratam de Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, Karla Aparecida dos Santos, de 19, e Nicolas Kovaleski, de 16.
Conforme o delegado Bruno Effori, responsável pelas investigações, os jovens ficaram cerca de quatro horas dentro do carro ligado com o ar-condicionado funcionando. A namorada de um deles, que tinha ficado fora do veículo, foi quem encontrou o grupo desacordado.
“O cano de escape sai do motor e corre por debaixo do veículo e sai na parte traseira. Essa conexão do cano está rompida, na verdade não é uma perfuração, mas um deslocamento. Então, ao invés de sair o monóxido de carbono lá atrás do veículo, grande parte ficava dentro do capô, solto. E o ar-condicionado jogava para dentro do veículo”, explicou o delegado, em entrevista ao programa “Encontro”, da TV Globo.
“O monóxido de carbono é tem a característica de ser incolor e inodoro, não há cheiro e não tem como identificar de início se você está sendo intoxicado e ele é produzido através de uma combustão. Então, nunca ficar em ambiente fechado em que há aparelhos, aquecedores, geradores que possam produzir monóxido de carbono e que não tinha ventilação, como foi o caso desses jovens, que permaneceram nesse veículo fechado”, destacou o investigador.
Uma testemunha contou que o adolescente chegou a ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), durante a madrugada, pedindo ajuda e dizendo que estava tonto, mas foi orientado a procurar um hospital. Essa informação, no entanto, foi desmentida pela Secretaria de Estado da Saúde de SC, que destacou que o pedido de ajuda só ocorreu durante a manhã.
Os jovens eram naturais de Paracatu e Patos de Minas, em Minas Gerais, mas moravam na Grande Florianópolis há cerca de um mês.
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