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Filho afirma que pai brasileiro foi sequestrado no Equador e pede ajuda: “Estamos desesperados”

Churrasqueiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, mora em Guayaquil; país vive crise de violência que já soma 10 mortos

A família do brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que mora em Guayaquil, no Equador, afirma que ele foi sequestrado e pede ajuda. O país enfrenta uma crise de violência há dois dias, após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa equatoriana de um presídio, já totalizando 10 mortes. Até uma emissora de TV foi invadida e funcionários foram feitos reféns.

O brasileiro vive exatamente na cidade onde houve a fuga do líder de uma facção, chamado Adolfo Macías, também conhecido como “Fito”, gerando a onda de violência. Churrasqueiro profissional, Freitas costuma mostrar nas redes sociais sua rotina de trabalho.

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Foi nessa página no Instagram que o filho dele, Gustavo, disse que a família não tem o dinheiro para pagar o resgate solicitado pelos criminosos e pediu ajuda.

“Meu nome é Gustavo, eu sou filho de Thiago. Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2. Precisamos de verdade. Estamos desesperados. Não temos como fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil, mas estão pedindo US$ 3 mil. Peço que nos ajudem. Muito obrigado”, disse o garoto.

O Itamaraty informou que as autoridades brasileiras estão em contato com a família de Freitas e que apuram as “circunstâncias do ocorrido” junto às autoridades equatorianas. No entanto, não confirma que houve um sequestro.

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada em Quito, acompanha com atenção denúncia de sequestro de cidadão brasileiro no Equador, mantém contato com seus familiares e busca apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais”, destacou o órgão, em nota.

Conflitos no Equador

O Equador está enfrentando uma crise de segurança significativa após a fuga de “Fito”, que é apontado com líder do crime organizado com ligações com o Cartel de Sinaloa do México. A ausência dele no presídio foi notada na segunda-feira (8).

O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou um estado de exceção em todo o país, incluindo as prisões, e estabelecer um toque de recolher noturno das 23h às 5h. Pelo menos 10 mortes já foram confirmadas por conta dos conflitos.

A crise no país se intensificou rapidamente, atingindo um ponto crítico quando, na terça-feira (9) indivíduos armados e encapuzados invadiram o canal de televisão TC, localizado na cidade de Guayaquil, no sudoeste. Durante uma transmissão ao vivo, vários indivíduos armados foram flagrados sequestrando a equipe do canal, obrigando-os a solicitar ao vivo a retirada da polícia.

“Fito” estava cumprindo uma sentença de 34 anos na prisão Regional de Guayaquil por crimes de tráfico de drogas, crime organizado e homicídio. Ele ainda não foi recapturado.

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