A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), em Goiânia, Goiás. A mãe dela, Adriana Medeiros, disse em postagem nas redes sociais que foi identificada a bactéria que acomete a jovem e destacou que, apesar de seguir em tratamento intensivo, ela está “bem e estável”.
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“Não tem sido fácil, ela lá na UTI, eu em casa, vou lá e fico a parte da tarde toda com ela, só que a gente fica com o coração pequenininho. A Thais está estável, bem, não teve febre [nos últimos dias], ontem [sábado, 20] que ela teve uma febre de 38.4°, mas segue tomando todos os medicamentos possíveis, não está com drogas invasivas e ventilação mecânica. Na medida do possível, ela está bem”, detalhou Adriana.
A mãe disse que os medicamentos estão fazendo efeito e ela acredita que nesta semana a filha deva voltar para a enfermaria. “Ainda estão esperando os resultados de alguns exames dela, mas os de sangue estão todos ok, as lesões por pressão estão fechando, então, graças a Deus ela está tendo melhoras.”
Adriana lembrou, ainda, que no próximo dia 17 vai completar um ano que a jovem cheirou a pimenta e teve a grave reação alérgica, que a deixou com danos cerebrais. “A Thais é uma menina incrível, está lá, aguentando, tomando todos os medicamentos, porque são muitos e não é fácil, então ela é uma lutadora. A Thais é um milagre”, ressaltou a mãe, que concluiu agradecendo pelo apoio que a família tem recebido e pelas orações.
A trancista voltou a ser internada no último dia 6 de dezembro. O objetivo era que ela passasse por um tratamento contra infecção nos ossos, mas dias depois ela foi diagnosticada com bactérias no intestino e também uma bronquiolite.
No último dia 14, após picos de febre, ela foi transferida para a UTI do hospital. Dois dias depois, no entanto, ela apresentou melhora do quadro e voltou para a enfermaria. Porém, na noite do dia 17, foi novamente transferida para a UTI.
Segundo Adriana, a trancista ainda apresenta bactérias no organismo e o tratamento continua. “A Thais esta reagindo bem ao tratamento que está sendo feito com medicamentos para combater a infecção por clostridium difficile, está estável e com fé em Deus e com as orações de todos logo ela esta melhor e voltando para casa para retomar os tratamentos que vocês estão proporcionando a ela”, escreveu a mãe em outra publicação.
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Depois que Thais voltou a ser hospitalizada, a família retomou os pedidos de ajuda por meio de uma vaquinha virtual, já que a mãe dela teve que parar de trabalhar para cuidar da filha. Uma publicação feita nas redes sociais ressalta de a jovem “chora todos os dias” depois que ficou acamada.
Reação à pimenta
A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
A trancista completou 26 anos no último dia 7 de setembro. Após meses de internação e várias idas e vindas ao hospital, ela pôde celebrar o aniversário ao lado da família. Desde então, seguia na UTI domiciliar e também passava por um tratamento chamado neuromodulação. Agora, continua hospitalizada novamente.
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