O jogador brasileiro Daniel senta no próximo dia 5 no banco dos réus do Tribunal de Barcelona para responder pela acusação de estupro de uma jovem no banheiro de uma boate em dezembro do ano passado.
Diante dos depoimentos e fartura de provas apresentadas pela promotoria as chances do jogador, que está preso desde janeiro do ano passado, não são das melhores. A promotoria pede 9 anos de prisão, mais 10 anos de liberdade vigiada e o pagamento de uma indenização de 150 mil euros (pouco mais de R$ 800 mil).
Para o julgamento do dia 5, o Ministério Público optou por pedir à Justiça que os três dias de julgamento sejam realizados à portas fechadas para garantir a privacidade da vítima. Em sua petição, o MP diz que a medida é “indispensável para proteger o direito da vítima à privacidade, bem como o respeito pela mesma, que visa evitar os graves danos que poderiam causar um processo em que o público e a mídia podem entrar”, de acordo com o jornal La Vanguardia.
Segundo a mídia, os julgamentos fechados não são comuns no Tribunal de Barcelona e são adotados excepcionalmente quando se tratam de casos cujas vítimas são menores ou vulneráveis.
Essa atenção da promotoria em proteger a identidade da suposta vítima aumentou após a mãe do jogador, Lúcia Alves, divulgar em seu Instagram um vídeo no qual revela a identidade da jovem de 23 anos festejando com amigos, dando a entender que ela busca somente fama e dinheiro com essa acusação.
O advogado que defende a jovem entrou com uma ação junto à Justiça espanhola contra Lúcia Alves pela divulgação da identidade, apesar da proibição imposta pelas leis do país.