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‘João de Deus de Socorro’: MP denuncia líder religioso por 16 estupros em ‘sessões espirituais’

Ele teria feito vítimas em um centro de umbanda e também enquanto trabalhava como técnico de raio-x

Crimes ocorriam em centro de umbanda, segundo o MP-SP
Líder espiritual Jessey Maldonado Monteiro, de 49 anos, foi denunciado por estupro e violência sexual contra 16 vítimas (Reprodução/TV Bandeirantes)

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ofereceu denúncia contra o líder espiritual Jessey Maldonado Monteiro, de 49 anos, por estupro e violência sexual contra 16 vítimas. Os crimes eram cometidos em um centro de umbanda em Socorro, no interior de São Paulo. Conhecido como “João de Deus de Socorro”, ele está preso desde o último dia 15 de janeiro, mas alega inocência.

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Monteiro responde pelos crimes estupro, violência sexual mediante fraude, importunação sexual e exercício ilegal de medicina. “Ficou demonstrado que o acusado era integrante de um centro de umbanda e usava sua posição na entidade religiosa para oferecer supostos tratamentos mediúnicos feitos à base de massagens”, destacou o promotor Rafael Briozo na denúncia.

Ainda segundo o MP-SP, os crimes sexuais aconteceram durante esses procedimentos, entre 2017 e novembro de 2023. Monteiro cobrava R$ 150 pelas “sessões espirituais”, nas quais oferecia ozonioterapia, massagens, quiropraxia e tratamento psicológico. Porém, desses serviços, ele só estava apto a realizar a ozonioterapia.

A denúncia aponta que o líder religioso usava hipnose e se dizia ser um “curandeiro com poderes superiores” para enganar as vítimas. “O homem se aproveitou da fragilidade física e emocional delas [vítimas] e, durante o tratamento terapêutico e de massoterapia realizado em sua casa, as induzia a tirar a roupa e cometia o abuso sexual”, destacou a delegada Leise Silva Nunes logo após a prisão de Monteiro.

Conforme a investigação policial, existe a suspeita que, além do centro de umbanda, ele tenha abusado de mulheres enquanto trabalhava como técnico de raio-x na Santa Casa de Socorro. Uma das vítimas tinha 17 anos e sofreu abuso na presença da própria mãe. O denunciado também é acusado de atacar uma paciente e uma estagiária.

A defesa de Monteiro não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem. No dia em que foi preso, quando a polícia deflagrou a Operação “João de Deus Socorrense” o líder religioso afirmou ser inocente.

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