A Polícia Civil segue investigando a morte da jovem Livia Gabriele Da Silva Matos, de 19 anos, que passou mal durante um encontro em que manteve relação sexual com o jogador sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18, na Zona Leste de São Paulo. A corporação aguarda pelo histórico de saúde da vítima e a investigação não descarta a hipótese de que tenha ocorrido uma “fatalidade”.
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Os investigadores pediram as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o jogador mora para ver a movimentação dele e de Livia. O atleta afirma que os dois estavam sozinhos no apartamento e que mantiveram relação sexual. Logo depois, percebeu que ela tinha desmaiado e acionou o socorro.
Uma perícia foi realizada no imóvel, quando foram encontrados lençóis e toalhas sujos se sangue. Também havia marcas em um colchão e uma camisinha usada. Dimas garantiu que os dois não fizeram uso de drogas ou bebidas alcóolicas. Agora, a polícia aguarda os laudos de necrópsia e toxicológico para avançar os trabalhos.
Por enquanto, Dimas consta como investigado, mas não como suspeito pela morte de Livia. O advogado Tiago Lenoir, que defende o atleta, disse ao site G1 que ele está muito abalado.
“Dimas permanece à disposição das autoridades policiais para prestar todo e qualquer esclarecimento. Ele está bastante abalado, consternado com tudo isso e a gente aguarda o quanto antes que o exame de necropsia dê a devida causa morte dessa fatalidade”, destacou Lenoir.
Depois da confirmação da morte de Livia, o atleta foi até o 30º Distrito Policial, no Tatuapé, para prestar esclarecimentos. Ele disse que conversava com a garota há alguns meses pelas redes sociais, mas que aquela foi a primeira vez que eles se encontraram pessoalmente.
O Sport Club Corinthians Paulista informou, em nota, que “está ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base, aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades.”
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Intenso sangramento
O caso aconteceu na noite de terça-feira (30). De acordo com a Polícia Militar, a garota apresentava um intenso sangramento nas partes íntimas quando foi socorrida e sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias. Depois do atendimento no hospital, os médicos constataram que ela tinha um corte na vagina de cinco centímetros, que provocou uma forte hemorragia.
Livia era estudante de enfermagem e morava com a família em São Paulo. Segundo a PM, ela era filha de um dos seguranças do presidente do Corinthians.
Na delegacia, o pai, que não teve o nome revelado, contou que a filha disse que ia até um restaurante com uma amiga, onde elas iriam assistir ao jogo do Corinthians contra o São Paulo, pelo Campeonato Paulista.
Porém, por volta das 19h30, ele recebeu uma ligação de uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que dizia que a garota estava sendo socorrida e levada ao Hospital Municipal do Tatuapé.
Conforme o site G1, o pai disse à polícia que no hospital soube que a filha tinha dado entrada com um corte de cinco centímetros na vagina e já tinha sofrido três paradas cardiorrespiratórias enquanto era levada até a unidade de saúde. Depois que deu entrada, houve mais uma. Os médicos não conseguiram mais estabilizar a jovem, que morreu.
Ainda segundo consta no boletim de ocorrência, o pai de Livia disse que não conhecida Dimas e que só soube que ela estava com o rapaz no hospital. Foi quando o jogador contou que ela tinha ido até o apartamento dele e que, após manter relação sexual, ela desmaiou. Ao perceber isso, ele chamou o Samu, que a socorreu.
O pai relatou, ainda, que o jogador chegou a dizer que pretendia viajar para Minas Gerais, mas que ele exigiu que ele permanecesse no local. Os dois discutiram, momento em que uma equipe da PM foi acionada.
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