O jovem de 18 anos, suspeito de assassinar o pai e tentar matar a mãe, em Indaial, em Santa Catarina, planejou o crime por dois meses e “queria participar” ativamente, segundo a Polícia Civil. Conforme o delegado Filipe Martins, responsável pelas investigações, o rapaz ofereceu R$ 50 mil e um carro a um amigo para que ele o ajudasse. Os dois acabaram presos e o caso está sendo comparado ao do casal Richthofen, morto pela filha, Suzane, em 2002.
“O plano era que executassem o crime e, depois do crime, eles iriam servir um como álibi do outro”, disse o delegado ao site G1. O plano era que o amigo falaria que o rapaz estava na casa dele, e não na residência dos pais, na hora dos assassinatos.
Conforme a polícia, o casal Márcio Elizeu Melo, de 45 anos, e a esposa, de 39 anos, dormiam quando foram atacados, na madrugada do último dia 29. Conforme o delegado, o filho fazia questão de matar o pai e o amigo ficaria responsável por assassinar a mãe. Porém, o homem acordou e entrou em luta com o amigo, que acabou o matando.
“O filho então começou a esfaquear a própria mãe. Quando o amigo terminou de matar o pai, veio e também golpeou a mulher”, detalhou o investigador, que destacou que a dupla fugiu acreditando que o casal estava morto.
Porém, a mulher acordou após perder a consciência por alguns minutos e pediu socorro. Ela foi levada a um hospital e permanece internada. Não há detalhes sobre o estado de saúde dela.
Depois disso a polícia foi chamada e o filho reapareceu em casa, como se nada tivesse acontecido. Tanto ele e o amigo tentaram apresentar álibis no caso, mas entraram em contradição e ambos foram presos. Nenhum deles tinha antecedentes criminais.
As defesas dos dois rapazes não foram encontradas para comentarem o caso até a publicação desta reportagem.
Motivação
Segundo informações do delegado, a motivação do rapaz foi a forma como ele era tratado pelos pais.
“Ele trabalhava na empresa do pai. Não gostava de trabalhar, de estudar. Disse que o pai era bastante rígido. Segundo ele, os pais não o tratavam como filho, mas como mero funcionário, como mero empregado, que, para ele, eles não seriam pais. Isso foi criando uma revolta. Foi a partir daí que ele decidiu, nas palavras dele, eliminá-los.”
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