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Quinto acusado de sequestrar Marcelinho Carioca e amiga é preso em SP; dois ainda são procurados

Homem se apresentou em delegacia; ele e mais seis viraram réus pelo crime, ocorrido em dezembro

Ele foi solto de cativeiro ontem
Quinto acusado por sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e amiga foi preso, em SP (Reprodução/TV Globo)

O quinto acusado pelo sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e da amiga dele, Taís Alcântara de Oliveira, em dezembro do ano passado, foi preso no último dia 2. Caio Pereira da Silva compareceu acompanhado por uma advogado à Divisão Antissequestro (DAS), em São Paulo, e o mandado de prisão contra ele foi cumprido. Ele está entre os sete que se tornaram réus pelo caso. Dois seguem foragidos.

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De acordo com a DAS, Silva foi o responsável por alugar a casa em que a quadrilha manteve o ex-jogador e a amiga em cativeiro, em Itaquaquecetuba. Porém, em depoimento, ele negou a participação no caso e disse que é inocente. O rapaz está detido preventivamente no Centro de Detenção Penitenciária (CDP) de Pinheiros, Zona Oeste da Capital.

A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Além de Silva, já estavam presos Eliane de Amorim, de 30 anos, Thauannata dos Santos, de 18, Wadson Fernandes Santos, de 29, e Jones Santos Ferreira, de 37. Segundo a investigação policial, essa parte da quadrilha era responsável pelo cativeiro e por fornecer contas bancárias para recebimento do dinheiro do resgate.

Ainda são procurados Matheus Eduardo Candido Costa e Camily Novais da Silva. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e são considerados foragidos.

O grupo foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por diversos crimes, entre eles associação criminosa, receptação, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.

O caso continua em investigação pela DAS. Para a corporação, ao menos 10 pessoas participaram do sequestro. No entanto, a Justiça não decretou a prisão de três delas por falta de provas.

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Marcelinho foi liberado na tarde desta segunda-feira (18) após ser sequestrado
Marcelinho Carioca e amiga foram obrigados a gravar vídeo enquanto estavam em cativeiro Imagens: redes sociais (Twitter)

Relembre o caso

Marcelinho Carioca desapareceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando saiu do estádio Itaquerão após o show do cantor Thiaguinho. No dia seguinte, a Polícia Militar encontrou o carro dele abandonado em Itaquaquecetuba, que fica na Região Metropolitana da Capital.

O caso passou a ser apurado e a DAS foi acionada para ajudar nas investigações. Nesse meio tempo, o ex-jogador apareceu em um vídeo, ao lado da amiga, no qual disse que tinha se envolvido com uma mulher casada. Ela também confirmou a versão dele na gravação.

Porém, horas depois, Marcelinho e a mulher foram encontrados onde eram mantidos reféns pela Polícia Militar. Na delegacia, ele disse que os sequestradores queriam dinheiro. “Eles pediram a senha do meu telefone. E aí você pensa nos seus filhos, na sua família”, disse ele. “Não é fácil você ter um revólver apontado para você a todo momento”, acrescentou.

Ele acredita que não foi reconhecido de forma imediata pelos sequestradores. “O carro era filmado. Provavelmente eles não sabiam [quem eu era]. Eles viram um carro daquele porte, próximo da comunidade e chegaram para me abordar”, disse.

O ex-jogador e ídolo do Corinthians chorou ao relembrar que foi mantido refém e negou que tivesse qualquer relação amorosa com a amiga. Ele ressaltou que teria sido forçado pelos sequestradores a fazer tal afirmação. Ele ainda criticou a cobertura da imprensa, dizendo que muitas inverdades foram publicadas.

Depois da soltura, a amiga também gravou um vídeo, ao lado do ex-marido, garantido que não tinha nenhum relacionamento amoroso com o ex-jogador.

“Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo. Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua ainda casados no papel”, explicou Tais, em entrevista ao site G1.

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