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VÍDEO: Jogador do Corinthians presta segundo depoimento sobre morte de jovem após encontro

Dimas Cândido de Oliveira Filho, 18, está na Delegacia da Mulher, em SP, acompanhado de sua defesa

Garota morreu após relação sexual com o atleta
Dimas Cândido de Oliveira, 18, sub-20 do Corinthians, presta o segundo depoimento sobre morte de Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 (Reprodução/Redes sociais)

O jogador sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18 anos, chegou na manhã desta quarta-feira (7) à 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre os momentos que passou com a jovem Livia Gabriele Da Silva Matos, de 19, que morreu após manter relação sexual com o atleta. Ele chegou acompanhado por sua defesa, que destacou que ele “está fragilizado” com a situação.

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Um vídeo divulgado pelo portal “Metrópoles” mostra o momento da chegada de Dimas à delegacia, por volta das 10h30 (assista abaixo). Ele não quis falar com a imprensa.

Após a morte da jovem, Dimas viajou para João Pessoa, na Paraíba, onde mora sua família. Ele retornou à capital paulista para prestar o segundo depoimento sobre o caso.

“Ele tem 18 anos. Tentou salvar a vida de uma jovem de 19. Minutos antes, estava tudo bem, eles estavam trocando carinho e intimidade. Ele também precisa de cuidados”, afirmou o advogado Tiago Lenoir, ao “Metrópoles”.

Livia morreu no último dia 30. O atestado de óbito apontou que a causa da morte foi uma ruptura na região genital. Agora, a investigação aguarda os laudos de três exames para saber o que causou essa lesão.

Por enquanto, Dimas consta como investigado, mas não como suspeito pela morte de Livia. A defesa ressalta que ele não cometeu nenhum crime e está muito abalado com a situação.

“Ele não cometeu crime nenhum, não matou essa garota. Nunca se envolveu em nenhuma ocorrência policial, nenhum problema fora do futebol. Filho exemplar, amigos de todos. Ele está sendo tratado como testemunha de uma morte desconhecida, não praticou nenhum crime”, ressaltou Lenoir.

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O Sport Club Corinthians Paulista informou, em nota, que “está ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base, aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades.”

Polícia apura o caso como morte suspeita
Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, morreu após encontro em que manteve relação sexual com jogador do Corinthians (Reprodução/Facebook)

Família desconfiada

A família de Livia segue muito abalada e desconfiada sobre alguns pontos do caso. Os pais garantem que ela não tinha nenhum problema de saúde e fazia o devido acompanhamento ginecológico. Além disso, o genitor, Rubens Matos, afirma que estranhou a postura de Dimas após a confirmação da morte da filha, pois ele parecia “querer se livrar de alguma coisa”.

“Ele disse: ‘Estou com meu pai aqui, ele comprou uma passagem para mim e tenho que ir embora’. Parece que queria se livrar de alguma coisa que ia complicar ele, tive impressão. Senti nele muita apatia, sem compaixão nenhuma. Não estava preocupado com a minha filha”, lamentou Rubens, em entrevista ao “Domingo Espetacular”, da RecordTV.

Dimas tinha uma passagem comprada para ir a João Pessoa e embarcaria 23h15 daquele 30 de janeiro, após o encontro com Livia. Porém, após a morte da jovem, o pai dela teria impedido que ele de deixar o hospital. “Quando cheguei no hospital, estava ele e mais dois amigos. Um deles, que não foi ouvido, estava com um dos pés sujo de sangue. Onde sujou?”, questionou Rubens.

A família de Livia também contesta a versão de Dimas de que aquele era o primeiro encontro com a garota. “Ele disse para mim que já tinha se encontrado com minha filha antes”, relatou o pai, que destacou que perguntou ao jogador se ele tinha abusado da jovem. “Tive a noção de que havia abusado sexualmente dela pelo sangramento na vagina”, afirmou.

Já em um um áudio enviado para uma amiga, Livia disse que ela e Dimas quase namoraram. “A gente estava quase namorando, a gente se encontra, a gente sai, ele é muito legal”, disse Livia. Em outras trocas de mensagens entre a jovem e o jogador, eles se tratavam de maneira carinhosa, mas não fica claro se eles mantinham um relacionamento amoroso.

Lesão vaginal

O atestado de óbito, emitido pelo Hospital Municipal do Tatuapé, a vítima sofreu uma ruptura de uma membrana no “saco de Douglas”, que é uma região localizada na pelve, na parte de baixo do abdômen, entre o útero e o reto. O corte, de cinco centímetros, foi responsável por uma forte hemorragia. Enquanto era socorrida, a garota sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

Assim, a polícia aguarda a conclusão dos exames necroscópico, toxicológico e sexológico para descobrir qual foi a causa da lesão genital. A corporação também analisa o histórico de saúde da vítima e a investigação não descarta a hipótese de que tenha ocorrido uma “fatalidade”.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os laudos do Instituto Médico Legal (IML) ainda estão em fase de conclusão e devem ser divulgados em até 30 dias. No entanto, por conta da investigação sobre a morte suspeita, a expectativa é que essa liberação ocorra o mais rápido possível.

Relembre o caso

Livia morreu na noite do dia 30 de janeiro deste ano, depois que foi até o apartamento do jogador para um encontro. Dimas afirmou à polícia que eles mantiveram relação sexual. Logo depois ele percebeu que ela tinha desmaiado e acionou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com a Polícia Militar, a garota apresentava um intenso sangramento nas partes íntimas quando foi socorrida e sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias. Depois do atendimento no hospital, os médicos constataram que ela tinha um corte na vagina de cinco centímetros, que provocou uma forte hemorragia.

Uma perícia foi realizada no imóvel, quando foram encontrados lençóis e toalhas sujos se sangue. Também havia marcas em um colchão e uma camisinha usada. Dimas garantiu que os dois estavam sozinhos no apartamento e que não fizeram uso de drogas ou bebidas alcóolicas.

Livia era estudante de enfermagem e morava com a família em São Paulo. Segundo a PM, ela era filha de um dos seguranças do presidente do Corinthians.

Na delegacia, o pai de Livia contou que a filha disse que ia até um restaurante com uma amiga, onde elas iriam assistir ao jogo do Corinthians contra o São Paulo, pelo Campeonato Paulista. Porém, por volta das 19h30, ele recebeu uma ligação de uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que dizia que a garota estava sendo socorrida e levada ao Hospital Municipal do Tatuapé.

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