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Dupla é condenada por golpe milionário que atraiu famosos Juliana Paes, Murilo Rosa e Luis Fabiano

Ex-casal oferecia ‘investimentos’ na compra de carros que prometiam lucros de 8% ao mês

Homem e sua ex-mulher foram condenados por estelionato
Juliana Paes, Murilo Rosa e Luis Fabiano foram vítimas de esquema de pirâmide financeira, em SP (Reprodução/Instagram)

A Justiça de São Paulo condenou um ex-casal por um golpe milionário que atraiu famosos como os atores Juliana Paes, Murilo Rosa e o ex-jogador Luis Fabiano. Segundo a acusação, a dupla oferecia “investimentos” na compra de carros seminovos, que seriam revendidos e gerariam um lucro mensal de até 8%. Porém, esses os valores nunca foram repassados. Agora, os condenados a três anos em regime aberto por estelionato terão que devolver R$ 1,3 milhão às vítimas.

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Conforme reportagem do site G1, o golpe foi aplicado em 2017. Apenas dois anos depois, em 2019, as investigações começaram e o julgamento do caso ocorreu no último dia 29 de janeiro, na 11ª Vara Criminal, Foro Central Criminal Barra Funda, em São Paulo. Quatro réus foram considerados inocentes e acabaram sendo absolvidos.

No entanto, o juiz José Paulo Camargo Magano considerou que o ex-casal Alisson Alcoforado de Araújo e Cleide Pereira de Alencar foram os autores do golpe milionário. Segundo a acusação, eles ofereciam “investimentos” na compra de carros seminovos, com valores abaixo dos praticados no mercado, que depois seriam revendidos a concessionárias com sobrepreço. Dessa forma, quem aplicou o dinheiro poderia ter lucros mensais que variavam de 4% a 8%.

No início, algumas pessoas chegaram a receber o tal retorno do investimento e passaram a convidar outros interessados. Mas a investigação descobriu que os carros nunca existiram e que esse dinheiro repassado era proveniente de novas vítimas do esquema de pirâmide financeira.

Conforme a decisão, os condenados terão que devolver R$ 1,3 milhão para os prejudicados, sendo R$ 460 mil a Juliana Paes; R$ 460 mil a Murilo Rosa; R$ 280 mill a Luis Fabiano; R$ 84 mil ao consultor financeiro dos atores; além de R$ 38 mil a outra vítima que não é famosa.

A decisão ainda cabe recurso. As defesas dos condenados não foram encontradas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

O que os réus disseram em juízo?

Em juízo, Araújo disse que trabalhou por muitos anos com venda de carros e que procurou investidores, de maneira informal, sem a elaboração de contratos, para o esquema com os seminovos. Ele garantiu que pretendia devolver o dinheiro às vítimas assim que as vendas dos carros fossem efetuadas.

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Já Cleide afirmou que nunca participou do esquema de venda de seminovos, mas confirmou que os investimentos eram depositados em sua conta bancária. Ela teria sido usada como “laranja” pelo ex-marido.

Contudo, o juiz analisou as provas, depoimentos e interrogatórios e chegou à conclusão de que se tratava de um esquema “clássico pirâmide financeira”, quando são oferecidos benefícios aos participantes que dependem da entrada de novos membros.

“Quando a entrada de novos investidores diminuiu, o que impossibilitou o pagamento dos antigos investidores, o negócio ruiu, não havia carros, lojistas e nem divisão de lucro”, ressaltou o magistrado na decisão.

“Operou-se uma verdadeira pirâmide financeira, cujo ‘retorno’ do investimento, informado como lucro, seria de montantes já obtidos junto às novas vítimas da estrutura criminosa articulada”, completou Magano.

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