O lutador profissional de Muay Thai Caio Oliveira, de 23 anos, morreu após saltar de parapente na rampa de Ubá, em Castelo, no Espírito Santo. Houve uma falha em uma manobra e ele caiu na Fazenda do Centro. O atleta, que era piloto iniciante na modalidade, integrava o grupo “Movimento Voo Livre de Leopoldina-MG”.
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O acidente aconteceu na terça-feira (13). Em nota publicada nas redes sociais, o “Movimento Voo Livre de Leopoldina-MG” lamentou a morte do atleta, que classificou como “exímio piloto”, e explicou o que aconteceu durante o voo.
“Após decolar de forma mágica, como sempre fazia, Caio voou dentro da normalidade, quando optou por executar uma manobra chamada “Espiral”. Espiral é uma manobra executada para perder altitude, não necessariamente em emergências. Piloto de alma radical, Caio era entusiasta das manobras”, escreveu o grupo.
“Caio então narrou no rádio que iria fazer a Espiral, como era habitual avisarmos aos amigos as manobras que iremos executar. Ele então entra em Espiral, assistido passivamente via rádio. Na terceira volta da Espiral, já quase negativa, ele é orientado via rádio a sair da Espiral, mas não expressa reação. Ele segue sendo orientado aos gritos para que saísse da Espiral. Rapidamente os comandos se tornam para que ele acione o Paraquedas de Emergência. Caio não responde e não esboça nenhuma atuação para que a espiral cesse... Caio não aciona o Paraquedas Reserva, que foi encontrado sem acionamento em sua selete”, continuou o texto.
Por fim, o grupo destacou que o lutador pode ter “desmaiado” e, por isso, não esboçou a reação necessária em casos assim.
“Como HIPÓTESE da ausência de reação, baseado no conhecimento adquirido ao longo de décadas de desenvolvimento do esporte, somados aos estudos já existentes realizados pela Força Aérea Brasileira, sabe-se que em alguns casos a atuação da Força G sobre o fluxo sanguíneo cerebral pode levar a desmaios temporários. A Força G durante uma espiral acentua-se na mesma proporção em que se aumenta a velocidade de giro. Deste modo, conforme o método científico de investigação de causa, supõe-se que esta é a HIPÓTESE mais provável para a causa deste terrível acidente”, ressaltou a publicação.
A Associação de Voo Livre de Castelo - Termal também divulgou uma nota de pesar, informando o falecimento do piloto. A entidade também destacou que a vítima executou uma manobra, sob responsabilidade do instrutor e perdeu o controle do equipamento.
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Já a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo informou que o corpo do atleta passou por necropsia. “A perícia da Polícia Científica (PCIES), por volta das 13h28, para uma ocorrência de acidente diversos com vítima fatal, na Fazenda da Prata, em Castelo. O corpo da vítima foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares”, destacou a pasta.
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