A Polícia Civil investiga a morte da dona de casa Cíntia Maria Dourado Mendes, de 42 anos, que foi diagnosticada com dengue, em Brazlândia, no Distrito Federal. A família diz que ela estava muito fraca e procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por duas vezes, mas foi liberada pelos médicos, que alegavam “sintomas normais”. No entanto, o quadro se agravou e ela não resistiu.
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Cíntia procurou atendimento incialmente no dia 7 de fevereiro, quando foi diagnosticada com dengue, atendida e liberada. No dia 10, ela apresentou piora dos sintomas e foi novamente ao local, quando recebeu soro na veia, fez exames e mais uma vez voltou para casa. Ela continuou se sentindo mal e, na última segunda-feira (12), o marido decidiu levá-la pela terceira vez até a UPA.
Em entrevista ao “Metrópoles”, o vigilante Fabiano Vieira Mendes, de 43 anos, contou que houve falhas no atendimento prestado à esposa. “Como ela não conseguia andar e estava bastante abatida, pedi que a equipe da unidade a buscasse dentro do carro. Eles foram pegá-la em uma cadeira de rodas, mas a deixaram cair e bater com a nuca no meio-fio enquanto subiam a rampa da UPA. Na hora, ela começou a revirar os olhos”, relatou.
O marido conta que Cíntia foi levada para a ala vermelha da unidade e, cerca de meia hora depois, ele foi avisado de que ela tinha suspeita de trombose pulmonar e havia sofrido uma parada respiratória. Uma equipe teria conseguido reanimá-la, mas ela foi entubada. Pouco depois, já veio a confirmação da morte.
“Eu acredito que nada disso teria acontecido se ela tivesse sido internada desde a primeira vez que em buscamos atendimento. A pessoa chega em estado grave e é mandada de volta para casa?”, questionou o vigilante.
Revoltada, a família de Cíntia registrou boletim de ocorrência na 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia, que investiga as circunstâncias da morte. O corpo dela foi submetido a uma perícia no Instituto Médico Legal (IML), que deve atestar as causas do falecimento.
Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pela UPA, diz que “está aguardando o laudo oficial do IML para esclarecer a causa da morte”. O órgão destacou que a paciente, após ser avaliada e testar positivo para dengue, recebeu “tratamento adequado, inclusive medicação e hidratação”, e foi liberada com instruções para retornar se apresentasse “sintomas preocupantes”.
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“Posteriormente, a paciente retornou à unidade com episódios de desmaios. A equipe médica prestou assistência imediata, incluindo tentativas de reanimação, mas, infelizmente, ela faleceu. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal para investigação da causa do óbito”, afirma o IgesDF.
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