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Sequestrada e morta: saiba quem era a jovem achada em chamas às margens de rodovia, em MG

Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, de 21 anos, chegou a ser socorrida com 90% do corpo queimado, mas não resistiu

A jovem Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, de 21 anos, que foi encontrada por um caminhoneiro em chamas às margens da BR-040, em Pedro Leopoldo, na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, tinha dívidas por envolvimento com tráfico de drogas, segundo a mãe dela. A genitora relatou que os criminosos exigiam R$ 30 mil para soltá-la, mas a família não conseguiu angariar o valor.

Segundo a polícia, Layze foi sequestrada no último dia 11, domingo de Carnaval, e estava sendo mantida em cárcere privado. Ela foi encontrada em chamas pelo caminhoneiro às margens da BR-040, na noite de segunda-feira (19), e foi socorrida, mas sofreu lesões em 90% do corpo e não resistiu. Antes de ser queimada, ela foi espancada e levou ao menos sete facadas.

Em entrevista à “Rádio Itatiaia”, a mãe de Layze contou que a filha começou a se envolver com tráfico bem nova, aos 12 anos. Depois que sumiu, a família dela passou a ser ameaçada, com mensagens que diziam que, caso a dívida não fosse quitada, a jovem seria julgada pelo “tribunal do crime”.

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A jovem teve dois filhos, atualmente com 3 e 5 anos, e era a avó quem ajudava na criação e suporte financeiro dos netos. Nas redes sociais, Layze era discreta e tinha apenas algumas fotos postadas com amigas. Em uma publicação antiga, ela chegou a lamentar sobre os desafios de ser mãe solo.

“Bebê doente não dorme, bebê doente não se alimenta direito. Mas papai contínua a vida dele, papai não se preocupa, papai some, papai não visita. O papai tem sempre uma desculpa. Mas mamãe, mamãe tá sempre aqui do meu ladinho, mamãe perde noite comigo, mamãe inventa coisas pra eu comer, mamãe leva no médico!”, escreveu a jovem.

Recentemente, Layze apresentou um homem de 34 anos à família como sendo seu namorado. A mãe dela conta que foi exatamente ele quem fez uma videochamada, dizendo que traficantes que tinham sequestrado a jovem exigiam R$ 30 mill pela soltura dela. Além disso, foi o suspeito passou uma chave PIX para o pagamento, que era de uma mulher que trabalhava em um motel.

Tanto o namorado quanto a funcionária do motel foram presos enquanto circulavam em um carro nas imediações do Bairro Jardim Leblon, em Belo Horizonte. O suspeito, que tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, portava três identidades falsas. Já a suspeita confirmou ter cedido sua chave PIX para o pedido de resgate.

O homem foi autuado em flagrante por extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado. Já a mulher dona da chave PIX foi ouvida e liberada.

A Polícia Civil de Minas Gerais destacou que o caso segue sendo apurado pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Versão do namorado

Em entrevista à “Rádio Itatiaia” enquanto estava na delegacia, o suspeito apresentou versões contraditórias sobre o que teria acontecido. No entanto, disse que entregou a jovem a traficantes que atuam no bairro Pindorama, em Belo Horizonte, para um “desenrolo de dívidas”.

“Minha participação nisso, como a família dela sabe, foi levar ela lá [no bairro Pindorama]. Tanto que ninguém sabia que iria acontecer isso. [Os traficantes] Falaram que era sobre dívida. Só pediram para deixar ela lá, para ser um desenrolo de dívida. Deixei ela em um bar, numa praça. Vi só ela saindo com o pessoal e não tive mais acesso a ela”, afirmou o homem.

O suspeito disse, ainda, que namorava com Layze há um mês, mas só recentemente a jovem o apresentou para a família dela. Ele alega que a encontrou na segunda-feira, depois que ela entrou em contato dizendo que estava em uma chácara sendo torturada. Assim, a encontrou muito machucada e a levou até um motel, mas não soube precisar os motivos dela ter sido achada em chamas às margens da BR-040.

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