O Ministério Público pediu 9 anos de prisão e acusação, 12 anos, mas a Justiça de Barcelona entendeu que os 150 mil (cerca de R$ 800 mil) euros depositados pelo jogador Dani Alves antes do julgamento para ser entregue à vítima “independentemente do resultado do processo” eram um atenuante e o brasileiro acabou sendo condenado a quatro anos e meio de prisão pela acusação de abuso sexual de uma jovem na boate Sutton, em dezembro de 2022.
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O dinheiro que acabou colaborando para a redução da pena de Dani Alves foi doado pelo atacante Neymar, amigo de longa data do lateral. Com a prisão e o cancelamento dos contratos de patrocínio, Dani Alves estava tendo problemas para movimentar seu patrimônio e fazer frente às altas custas com advogados e a multa da Justiça espanhola.
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“A família nos pediu ajuda. O Daniel não tinha dinheiro para se defender, e o prazo para o pagamento da defesa estava expirando. Eu podia negar ajuda a um amigo que está tentando se defender de uma acusação”, disse o pai do jogador Neymar.
Apesar de considerar o pagamento um “manifesto desejo de reparação”, o tribunal descartou a tentativa da defesa de colar o argumento de que Dani estava embriagado no dia do abuso e não tinha plena consciência de seus atos como mais um atenuante de pena.
Os juízes, na sentença, manifestara que consideraram provado que “o arguido agarrou abruptamente a denunciante, atirou-a ao chão e, impedindo-a de se mexer, penetrou-a pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora”, que “obedece ao tipo de ausência de consentimento, ao uso da violência e ao acesso carnal”.