O influenciador digital Thiago Ferrari, de 35 anos, seguido por mais de 91 mil pessoas nas redes sociais, foi preso suspeito de estuprar pelo menos sete mulheres, em Fortaleza, no Ceará. Ele costumava compartilhar imagens sobre viagens, dicas de vida fitness, além de vários vídeos fazendo dancinhas. Porém, a polícia acredita que, além dos crimes sexuais, ele também atuasse na venda de veículos fraudados, popularmente conhecido como “veículos de estouro”.
“Conseguimos apreender diversos objetos na casa dele como roupas, balaclava e outros equipamentos. Também vamos averiguar se ele também praticava esses crimes [sobre venda de veículos fraudados] em meio virtual”, disse o delegado Valdir Cavalcante de Paula Passos, titular da delegacia do 5º Distrito Policial, em entrevista coletiva.
Logo após a repercussão da prisão, a página de Ferrari no Instagram foi retirada do ar. Lá, ele se apresentava como um influenciador de turismo, casado, que queria “mostrar o que o Ceará tem de bom”.
A polícia ressaltou que o suspeito, que é natural de Minas Gerais, já possui antecedentes pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro, crime contra a dignidade sexual, violação de domicílio e furto. Agora, ele foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro, roubo e extorsão.
A defesa de Ferrari não foi localizada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Estupros
Conforme a investigação, Ferrari estuprou ao menos sete vítimas do sexo feminino, com idades entre 15 e 40 anos, sendo que duas delas são mãe e filha. Os crimes ocorreram entre os dias 18 e 23 de fevereiro, sendo que as mulheres foram escolhidas aleatoriamente nos bairros Barra do Ceará, Montese e Itaoca, em Fortaleza, e também em Cumbuco e Caucaia, no município de Tauá.
“Ele abordava as vítimas de forma aleatória, no portão da casa delas e ameaçava dizendo que estava armado e era membro de uma facção criminosa. Depois da violência sexual, ele chegava a tirar foto e roubava o celular da mulher”, disse o delegado.
A prisão do influenciador ocorreu no último sábado (24), após uma investigação do 5º Distrito Policial (DP) e da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza. A primeira denúncia foi feita por mãe e filha, que foram atacadas pelo homem no Bairro Itaoca.
Conforme a polícia, o influenciador observava a vítima, a abordava e obrigava a entrar na própria residência, onde cometia os crimes sexuais, na maioria na frente de familiares. Depois, registrava fotos e ameaçava divulgá-las nas redes sociais, caso não recebesse Pix. Por fim, roubava o celular do alvo.
Para despistar as autoridades, o influenciador usava transportes diferentes na prática dos crimes, entre bicicletas, motocicletas e até carros. Após agir, o criminoso se desfazia dos veículos na Feira da Parangaba.
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