Douglas Henrique de Jesus, que teve a prisão decretada pela tentativa de assalto que resultou nas mortes do policial militar Anderson de Oliveira e da filha dele, Alycia Peroni Valentim, de 19 anos, na Vila Medeiros, na Zona Norte de São Paulo, se entregou à polícia. Outros dois suspeitos pelo crime ainda são procurados.
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O delegado Severino Vasconcelos, divisionário do Departamento de Homicídios, disse que Jesus estava consumindo entorpecentes desde a data do crime, na madrugada de sábado (24), e os familiares pediram que ele se entregasse. A investigação ainda apura se ele foi quem atirou contra as vítimas.
Ainda são procurados Erivaldo de Lima e Diego dos Santos, que também tiveram as prisões temporárias decretadas. Conforme a polícia, o trio costumava assaltar comércios. A farmácia na qual as vítimas estavam, por exemplo, já tinha sido roubada por eles outras vezes.
Jesus foi levado para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e ainda será ouvido formalmente. A defesa dele não foi encontrada para comentar a prisão até a publicação desta reportagem.
Relembre o caso
O caso aconteceu na madrugada do último sábado (24). O policial militar, que estava de folga, aguardava com a filha dentro do carro, enquanto a esposa estava dentro da farmácia. Logo é possível ver que três homens se aproximam do veículo, sendo que eles usavam moletons com capuz e máscara cirúrgica. Um deles fez menção de entrar no estabelecimento, mas a porta estava fechada (assista abaixo).
Ao perceber a movimentação dos suspeitos, o PM mostrou a arma ainda dentro do carro. Um dos criminosos fez um sinal de “joinha”, demonstrando que tinha entendido o recado e eles começaram a se afastar. Os bandidos chegaram a levantar os braços.
Logo na sequência o policial desceu do carro e apontou a arma na direção dos criminosos, que responderam atirando. Tanto o agente quanto a filha foram atingidos pelos disparos e não resistiram aos ferimentos. Já os assaltantes fugiram em um carro cinza.
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“Ficou caracterizado o crime de latrocínio [quando há o roubo seguido de morte] porque a intenção deles [criminosos] era fazer o roubo à farmácia. Existe ali a reação do policial. Ele avaliou que naquela situação haveria condição de fazer a defesa dele próprio e da filha”, disse o delegado Severino Vasconcelos.
Os corpos do PM, que atuava 39º Companhia do 7° Batalhão de Polícia Militar, e da filha dele, que era estudante de Direito, foram sepultados na manhã de domingo (25), no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina, Zona Leste da Capital.
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