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Suzane ex-Richthofen causa mais uma polêmica entre vizinhos no interior de SP; entenda

Ela tem sido vista circulando com o marido por Bragança Paulista e Atibaia, além de ter voltado a cursar Direito

Suzane Richthofen, de 40 anos, condenada por matar os pais, que agora se chama Suzane Louise Magnani Muniz, voltou a causar mais uma polêmica entre vizinhos em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ela tem sido vista circulando pela região com o marido, o médico Felipe Zecchini Muniz, com quem tem um filho. Mas o motivo da revolta é o atendimento psiquiátrico que a ex-presidiária obteve pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a colunista Fábia Oliveira, do “Metrópoles”, Suzane passará pelas consultas duas vezes na semana. O que revoltou os moradores foi a rapidez com que ela conseguiu o atendimento pela rede pública de saúde, já que pacientes que reclamam que esperam há meses na fila e que ela logo passou na frente.

Apesar do estranhamento da população, não há confirmação oficial sobre o período em que Suzane esperou para ser atendida pelo SUS. Ela cumpre regime aberto desde janeiro de 2023, quando incialmente passou a viver em Angatuba, também no interior paulista, e depois se mudou para Bragança Paulista, onde mora com o marido.

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Recentemente, ela chamou a atenção na cidade ao ser vista na Universidade São Francisco, onde retomou o curso de Direito. De acordo com o jornalista Ulisses Campbell, que assina a coluna “True Crime”, no jornal “O Globo”, Suzane usou a boa nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingressar na universidade, onde ainda obteve uma bolsa de estudos.

Fotos de Suzane na sala de aula e nos corredores começaram a circular em grupos de WhatsApp dos estudantes, que se diziam “chocados” com a presença da assassina. O jornalista destacou, ainda, que Suzane seguiu evitando qualquer contato direto, ficando na maior parte do tempo mexendo no celular.

Momento de intimidade com o marido

Uma reportagem do SBTNews exibiu nesta semana um vídeo no qual Suzane apareceu dando um beijo no marido, em Atibaia, no interior paulista, quando ela o deixava no hospital em que trabalha (assista abaixo).

Conforme a reportagem, a ex-presidiária costuma levar o marido ao trabalho, mas evita ficar circulando em áreas de muita movimentação. Nas imagens, ela apareceu vestindo o jaleco nele e dando o beijo de despedida.

Casamento e mudança de nome

Suzane oficializou a união estável com Muniz no último dia 13 de dezembro. Na ocasião, a ex-presidiária aproveitou para mudar de nome, quando passou a se chamar Suzane Louise Magnani Muniz.

A mudança ocorreu em todos os documentos de Suzane, que, para não cortar todos os vínculos familiares, adotou o sobrenome da avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, que morreu aos 92 anos, em 2012. Além disso, incluiu o Muniz do companheiro.

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O novo nome da ex-presidiária já consta na Certidão de Nascimento do filho, que nasceu na noite do último dia 26 de janeiro. O registro foi oficializado três dias depois, sendo que a criança recebeu o nome do pai e o sobrenome atual da mãe. Mas no campo destinado aos avós maternos do menino, constam os nomes de Marísia e Manfred von Richthofen.

Segundo Campbell, Suzane teve dois motivos fortes para mudar o sobrenome. O primeiro é tentar se desassociar de um dos crimes de maior repercussão no Brasil, o assassinato dos pais dela, ocorrido em 2002.

O segundo motivo é o fato de tentar agradar a família de Muniz, que não aceitou bem o relacionamento dele com a ex-presidiária. Com o nascimento do primeiro filho do casal, os parentes temem que a criança sofra retaliações e, assim, o novo sobrenome da mãe pode ajudar nesse disfarce.

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Morte do casal Richthofen

Segundo a Justiça, Suzane planejou a morte dos próprios pais e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal. O crime ocorreu no dia 31 de outubro de 2022.

Logo depois do início das investigações, a jovem foi presa. Em 2006, ela foi julgada e condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. No entanto, entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela, que está em regime aberto desde o início deste ano, cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.

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A primeira vez que Suzane deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo, foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa. Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.

Ela tentava obter a progressão desde 2017 para o regime aberto, mas até então todos os pedidos tinham sido negados. No início de 2023, ela finalmente conseguiu o benefício.

Depois que saiu da prisão, Suzane passou a cursar biomedicina em uma faculdade particular e também prestou o concurso público da Câmara Municipal de Avaré, visando uma vaga como telefonista.

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Além disso, abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Angatuba para seu ateliê de costura.

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